[Resenha] Um doce de confeiteiro







Um doce de confeiteiro
Janaina Rico
Editora Rico Produções
Onde comprar: Amazon
Sinopse: Uma jornalista obstinada, em busca de novos horizontes na carreira. Um confeiteiro premiado, que prefere a reclusão de sua cozinha.
Renata acreditava que aquele seria seu último dia de trabalho na redação atual e então ela poderia seguir para o emprego dos sonhos, em Londres. Bastava entrevistar o confeiteiro Braga, recém ganhador da premiação "Melhor Cupcake das Américas". Um profissional que zelava pela discrição e que nunca havia exibido seu semblante na mídia.
A caminho do Braga’s Cake Design uma batida de carro a faz conhecer um bonitão, que a atrai imediatamente, mesmo que ele tenha machucado o seu possante.
Ao chegar no local da entrevista, ela descobre que o confeiteiro e o moço bonito são a mesma pessoa e, em meio a tantas guloseimas, a atração entre eles se torna ainda mais irresistível. Só que a jornalista está de partida para a Inglaterra e agora precisa tomar uma decisão. O que vale mais? O emprego de ouro ou uma paixão avassaladora?
 
Com muito açúcar, chocolate e merengue, este romance é uma receita de sensações intensas e avassaladoras, ingredientes que irão lhe deixar com água na boca e com vontade de experimentar o gosto de se apaixonar por um confeiteiro.

=== RESENHA ===



Olá meus amores,

Faz muito, muito tempo que não consigo ler um livro por vontade própria – sem ser parceria – e mais tempo ainda que não compartilho dessa leitura com vocês e fico feliz em dizer que “Um doce de confeiteiro” veio pra me ajudar com essa ressaca brava!!

Conheço a escritora Janaina Rico há alguns anos e já nos encontramos inúmeras vezes, porém, eu nunca tinha dado uma chance para os livros dela, porque tinha a impressão de que eram romances HOT muito pesados. Na bienal desse ano, lá no RJ, tive o prazer de a encontrar de novo e conversamos MUITO sobre a vida. Eu, ela e a Andrea Bistafa do Blog Fundo Falso.
Entre essas conversas, acabamos falando sobre livros HOT, livros que se vendem só por ter erotismo e livros eróticos que possuem uma história de verdade a ser contada. Aproveitei e comentei que tinha medo de ler os dela e a Janaina me garantiu que o HOT dela era mais leve.
Bom, a capa desse livro já tinha me chamado a atenção porque é linda demais e eu não resisti, logo comprei e garanti o meu autografo.


A leitura demorou um pouco, porque como vocês sabem, estou numa fase bem ruim. Acho que há quase dois anos não consigo manter um ritmo bom de leitura e de escrita, infelizmente.

Peguei “Um doce de confeiteiro” há umas duas semanas – pena que os stories do IG ficam online apenas por 24 horas, se não colocava todos os meus vídeos aqui! –, e, em uma madrugada, li mais da metade, já super presa à história. Cou compartilhar porquê.

O livro conta a história de Renata, uma jornalista traumatizada, que não acredita no amor verdadeiro. Como a história é contada intercalando capítulos no passado e capítulos no presente, não vou compartilhar com vocês o trauma, porque foi interessante acompanhar esse vai e vem que a escritora utilizou nessa trama.
Comecei a ler sem nenhuma expectativa, já imaginando que iria travar a leitura em algum momento – porque isso vem acontecendo com uma constância absurda – então, quando me deparei com uma jornalista tão, mas tão parecida comigo, fiquei extremamente surpresa.
Há muito tempo eu não me sentia inserida em uma trama. Sabe aquilo que vivem pedindo a nós escritores? Inclusão? Nós nos preocupamos muito em encaixar pessoas diferentes em nossas histórias, mas pouquíssimos se arriscam em colocar uma garota inocente, traumatizada e antiquada como protagonista, porque não somos consideradas inclusões, mas personagens cansativos, bobinhos e até “inocentes demais”.
Cheguei a ficar bem emocionada durante a leitura, porque boa parte dos traumas vividos pela Renata, eu vivi também – calma, nada tão sério quanto com ela! – e por eu ser tão boba com certas coisas da vida (a parte erótica, digamos assim! Haha).


“Por qual motivo tomar decisões pode ser tão difícil?”


Ser inocente, acreditar nas pessoas, no amor, é algo que ainda carrego comigo, talvez por não ter sofrido tanto quanto ela, motivo que a tornou verossímil para caramba (desculpem o palavrão).


“Eu bem que procurei um sujeito assim, mas não obtive sucesso. Ou não. Tá, a verdade é que eu só procurei nos livros mesmo, porque na vida real eu era uma bocó”.



Devido ao seu passado, a Renata tem dificuldade em se apegar as pessoas, até mesmo sua família, pois sentimos certa relutância nela em deixar se aproximarem ou cuidarem dela, mesmo sendo tão amorosos uns com os outros.

As tantas frustrações e o desejo de mudança a acompanham o tempo todo e, por isso, mesmo estabilizada em seu atual emprego, a jornalista aceita uma proposta para trabalhar fora do país. Em sua última matéria, ela é convocada a entrevistar um confeiteiro cheio de manias e que não quer, de jeito nenhum, ser filmado.
Ela se atrasa para o compromisso ao bater o carro, seu bebê, o amor de sua vida! Ela tem tanta paixão por seu CrossFox laranja que chegou a irritar, mas é cabível, já que alguém que não aceita o amor das pessoas, precisa amar alguma coisa.
Aproveito para comentar algo que me incomodou bastante na leitura: toda vez que a Renata se referia ao acidente, ela usava a palavra “violou”. Essa palavra tem muita referência a violência física contra pessoas, ao estupro e alguém que passou por um trauma desses, não usaria essa palavra com tanta facilidade, ainda mais sobre um acidente de carro. Ele foi amassado, bateu, estragou, sei lá, mas ninguém foi lá e... enfim. Acho que é a minha única reclamação durante toda a leitura!
Voltando... esse acidente deixa a Renata à flor da pele, porque além de machucarem seu lindo bebê, aquele é um dos seus últimos momentos com o carro, já que terá de vende-lo para ir para o exterior.


“Mas eu não conseguia achar aquilo ali bom”.


Para a surpresa de todos nós, o maldito que bateu no carro dela, é o incrivelmente lindo confeiteiro que ela precisa entrevistar.
Mas as surpresas não param por aí e para que conheçam mais do #ConfeiteiroGato vocês precisarão ler essa história.


“Ele sabia ler a minha alma, só podia ser”.


Apesar da trama correr rapidamente, e de ser previsível o final, eu amei acompanhar a história desses dois personagens. Ainda não consegui sair da ressaca, porque li esse livro em doses homeopáticas, mas já me ajudou bastante! Amo romances e romances bem construídos ainda mais.
O final é de suspender o ar! Vocês precisam conhecer.


“Renata...”

 

Encontrei pouquíssimas falhas de revisão, a diagramação é mega fofa e a capa, de tirar ainda mais o fôlego!

Parabéns Janaina, amei conhecer sua escrita!

Beijos,

0 comentários :

Postar um comentário

Deixe seu comentário! Ele me deixa muito feliz!