Sombras do Medo
Autora: Camila Pelegrini
Editora Garcia Edizioni
Gênero: Distopia
Nota: 3/5
Onde Comprar: Editora Arwen - Nova Edição Pré-Venda
Skoob
Sinopse: Em um futuro pós destruição em massa, provocada pelas guerras humanas e desastres naturais - para os quais os humanos também contribuíram grandemente - o mundo é dividido em 5 grandes regiões. Em cada uma delas vivem ordinários e singulares, pessoas com ambições completamente diferentes. Estes dominam o mundo. Aqueles tentam tão somente sobreviver.E ao viverem dessa forma, a bondade beira à extinção. O caos reina em seu lugar, despertando forças malignas que há muito esperam para serem alimentadas.
A maior guerra de todos os tempos finalmente começa e a humanidade já se encontra em desvantagem.
E em meio a tanto ódio e destruição, será o amor capaz de afastar as Sombras do Medo?
===Resenha===
Recebi este livro pelo Book Tour que a autora está organizando. Como sou apaixonada por distopia, aceitei na hora que a Mari me marcou no face. Claro que fiquei ansiosa e cheia de expectativas. Não vou dizer que me arrependi, pois isso não aconteceu, só senti falta de um aprofundamento maior e menos melação entre os personagens, o que, como vocês sabem, me deixa doida de raiva! rsrsrsrsr
"Nos dias que se vivia, o ar era pesado, quente e sufocante. Não se sentia o alívio de uma brisa fresca há tempos."
Sombras do Medo é um livro bem real... na realidade distópica apresentada, o mundo sofre com o calor excessivo, árvores, rios, lagos e mares estão secos. A natureza finalmente cobrou seu preço, já que o ser humano não muda suas atitudes.
Logo no começo do livro, somos apresentados ao mundo em que essas pessoas vivem. Ordinários são aqueles mais pobres, moram em províncias e vivem para trabalhar e para receber a água escassa que a capital os envia. Os singulares são os ricos, vivem na capital, no conforto, com sombra e água fresca literalmente, pois construíram um muro envolta do que sobrou da natureza para viverem.
Conhecemos Anabele, a protagonista principal e ordinária. Anabele é aquele tipo de personagem que te encanta: possui firmeza, determinação, coragem e bondade. É uma das poucas ordinárias que não se lamenta da vida que vive. Ela e sua mãe, Amanda, são bondosas e sempre fazem o que pode pelos outros. Mas nem tudo são flores, uma ameaça nunca antes vivida, promete acabar com o resto da humanidade e somente se as pessoas abrirem seu coração, essa ameaça será contida.
Enquanto lia, pensei muito em como a autora me surpreendeu com sua história. Apesar de ter fantasia no meio, creio que seja um dos livros com a realidade mais próxima do que vivemos... também estamos ficando sem água, o calor é intenso e trabalhamos muito para ganhar pouco. Pequenas palavras que, como um todo, abre nossa mente para o que podemos esperar de um futuro próximo.
Apesar da protagonista ser uma ótima personagem, me peguei sentindo certo distanciamento da mesma por causa de seu par romântico. Henry é um personagem que se acha muito e ao meu ver, só contribuiu com o enredo mais pro final. Sua relação com Anabele não é das melhores, mas esse sentimento ajudou muito no decorrer das páginas.
Não sou fã de romances melosos, e creio que isso tenha influenciado na minha avaliação do livro. Anabele não podia nem pensar em Henry que estava corando... Corou o livro inteiro para falar a verdade e Henry é o tipo de homem que eu não gosto, modéstia zero.
"Não se lembrava ao certo de quando o mundo havia sido dividido daquela maneira: ordinários e singulares. Cinco capitais estabelecidas nos pontos vitais do planeta, onde se encontravam as maiores fontes de riqueza natural, por onde passavam os principais cursos fluviais e onde restava a maior quantidade de vegetação e solo fértil. Nessas capitais viviam as pessoas mais poderosas do mundo, uma minoria influente que não sofria os efeitos drásticos da redução da água e da natureza, já que tudo que havia sobrado, localizava-se no quintal de sua casa."
A narrativa é em terceira pessoa, na maioria, pelo ponto de vista da personagem principal, mas também acompanha outros personagens de igual importância para a trama. Eu adoro essa capa, acho linda demais, como vocês podem ver, a capa nova é em desenho, o que não ficou feio, mas ainda assim, acho diferente.
A diagramação é simples, com capítulos curtos e letras em tamanho confortável para a leitura. Encontrei alguns erros de revisão e algumas palavras repetidas, nada muito crítico, creio que a nova edição pela editora Arwen será melhorada.
Enfim, super indico a leitura deste livro. Mesmo com suas poucas páginas, a autora consegue nos destabilizar e nos deixar mais apreensivos. O toque sutil de amizade e amor é o suficiente para repensarmos nossos atos... O que podemos esperar do futuro? Bem, Camila Pelegrini pode ter escrito algo verdadeiro. Confira você também!
"Anabele sentia-se vazia. Sabia que os humanos haviam destruído a vida na terra, explorando-a insustentavelmente, mas a extensão do dano era muito maior do que poderia imaginar. Eram tão maus a ponto de despertarem criaturas tão horrivelmente malignas? Aparentemente a resposta era sim."
Oi Ana!
ResponderExcluirBem, vou começar falando da capa, a primeira versão, sinceramente, acho muito mais bonita, mais chamativa e convidativa, não que a da Arwen tenha ficado ruim, mas dá um aspecto diferente, ela tem seu charme, mas não me convidade a querer ler o livro, sabe? Mas isto é uma opinião pessoal, a editora deve ter seus motivos para mudar a capa... Enfim, quanto a história, achei interesse os pontos que você citou, por se tratar de uma distopia, fiquei bem curiosa, gosto do gênero, mas romance meloso e um par desses me deixam um pouco desanimada, mas assim pretendo ler, espero que saia a versão digital na Amazon, pois os preços da Arwen são bem salgadinhos na minha opinião e o frete caro demais...
Beijos.
daimaginacaoaescrita.com
Amei a dica.
ResponderExcluirQuando puder, com toda certeza, lerei.
Parabéns pela resenha.
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http://surtandocompalavras.blogspot.com.br
Oi, Ana!!!
ResponderExcluirJá te agradeci e agradeço novamente por participar do bk, por tirar um tmpinho para ler o Sombras e por sua resenha!
Todo mundo me pede mais melação entre Ane e Henry, vc acredita? hahah Legal uma opinião diferente <3
Beijão!
Ana, julgando pela capa, não identificaria Sombras do Medo como distopia nunca. Mas, tudo pode ser resolvido não é mesmo?! Bem, a proposta mais real de devastação por conta de atitudes fúteis dos humanos me convenceu bastante, despertando uma curiosidade sobre livro. No decorrer da história, tudo foi tranquilo, mas não me interessei o bastante pela história de o amor pode salvar. Enfim, acabei não gostando.
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