[Resenha] Golfinhos e Tubarões: O outro mundo




Golfinhos e Tubarões: O Outro Mundo
Autor: Tais Cortez
Editora: Chiado
Sinopse: Aos cinco anos, Victoria foi adotada por Ana, presidente de uma indústria de cosméticos, e Greg, um bem-sucedido advogado. Ela não entende por que não se lembra dos verdadeiros pais e não acredita na suposta causa da morte deles. Ao completar quinze anos, estranhas mudanças começam a acontecer. Seus cabelos ruivos escurecem, ela se torna cada vez mais forte e rápida, seus sentidos ficam aguçados e alguns dos seus sonhos passam a ser premonições. Após a visita de um casal peculiar, ela é levada para um mundo desconhecido e único, onde terá que aprender a controlar suas habilidades, freqüentando aulas diferentes de tudo o que já viu. Lá ela conhece Alex. A atração entre os dois é imediata, mas ele se recusa a se aproximar de Victoria e de qualquer outro aluno. Ainda assim, o destino se encarrega de uni-los e Alex passa a protegê-la e ajudá-la. O que Victoria não sabe é que ele esconde um segredo que mudará sua vida, e que o passado pode estar mais perto do que eles imaginam...

=== RESENHA ===


Recebi o livro da escritora Tais Cortez em 06/11 para o Book Tour e comecei a leitura dia 10/11. Como todos sabem, não tenho costume de ler sinopse, então só sabia o que ouvi nos eventos literários e alguma coisa que li nas redes sociais.
Demorei a me interessar pelo livro por alguns motivos:
Primeiro que o título não me chamou atenção.
Segundo: a capa não me atraiu porque me lembrava livros mais masculinos.
Mas depois que a Tais falou mais sobre o livro no último evento do Mochila Literária em Campinas, a minha visão sobre ambos mudou completamente. O título é MUITO inteligente e a capa diz tudo sobre a obra, principalmente porque alguns personagens mudam a cor dos olhos, dos cabelos e etc e eu passei a achar bárbaro o nome e a capa! Olha como conhecimento muda tudo! Haha.
Uma curiosidade é que a editora é Portuguesa, então quem desejar comprar o livro só consegue na Livraria Cultura e importado. Chique não?!

“Ela não é... NORMAL! – gritou histérica”.

Narrado em primeira pessoa por Victória. Ela tem dezoito anos, então dá pra entender ela ser confusa, ao menos no início da história. É órfã desde os cinco anos e aos quinze percebeu inúmeras mudanças em seu corpo como seu cabelo que era ruivo e tornou-se negro como a noite, sua pele que se tornou mais pálida que o natural e dons que surgiram do nada e que ela tem dificuldade em controlar. As mudanças e um quase-trágico acidente faz seus pais adotivos a entregam para uma instituição que acreditam a ajudará a melhorar.
Lisa e Vitor são os representantes de Aprendum e são apresentados de forma curiosa. Meu primeiro impacto ao conhecê-los foi que se parecem muito com a Reneesme e o Jasper de Crepúsculo. A Lisa pode mostrar, através do toque, tudo o que ela quiser e o Vitor controla o sentimento das pessoas. Mas apesar destas e outras características parecidas, me passaram uma veracidade enorme quanto a sua função na trama e seu carinho pela Victória.


“Mais uma vez senti a sensação de tranquilidade me atingindo, quase me imobilizando. Era certamente uma falsa sensação de paz que, de alguma forma, tinha relação com sua voz grossa e potente”.

Gosto de perguntar ao autor se possui alguma influência literária e a Tais me contou que suas influências foram Crepúsculo, HP, X-Man e outros. Crepúsculo – para aqueles viciados na saga como eu – é bem presente na trama, principalmente em algumas passagens do romance e nas características do Alex. Eu fiquei um pouco incomodada com isso, mas não é nada que estrague a leitura. E bom, X-Man deveria ter respondido logo de cara a pergunta que me fiz até as cem primeiras páginas: O que eles são? Eu sou tão lerdinha que só entendi quando a Tais me falou de X-Man.


“- Especiais? Superpoderosos? – Ela brincou, rindo”.

Alex também nos é apresentado de forma inusitada. O primeiro “encontro” da protagonista com esse ogro, ops, personagem, não é em carne e osso e também não é em sonho. Eu adorei essa introdução e conforme as páginas avançavam eu ficava me perguntando: Cadê o garoto? Cadê ele?
Porque até então eu não conhecia seu nome.
Ele é um mestiço e, para a minha surpresa, de vampiro com humanos. Todos sabem que amo mestiços! Mas ele é diferente do que os atuais livros de vampiros contam, não é romântico, não é bonzinho, seu lado humano não é o que predomina.
Voltando, ele é um mestiço e todos em Aprendum têm medo dele. A princípio eu pensei que era raiva e medo, mas com o passar dos capítulos e conhecendo o Alex melhor – ou quase já que o ogro mantém distância da narradora como o diabo foge da cruz –, percebi que é ele que impõe distância. Esse garoto é um mistério do início ao fim e acredito que saberemos mais dele no próximo livro.


“Eu desejava revê-lo. Tocar sua pele e conversar com ele. Queria rever aqueles olhos tão tristes e descobrir a razão daquela tristeza”.

Os professores são exigentes e eu amei as cenas nas aulas, pois por mais que meus personagens aprendam a usar seus poderes, eu nunca me prendi muito a isto nas minhas narrações e ter essa perspectiva foi fascinante.
Hugo foi o professor menos detalhado na trama, mas o que eu mais gostei. Talvez por ser o único solteiro e mais novo de todos. Queria conhecer mais dele no próximo volume e já fiquei sabendo pela Tais que ele terá mais atenção. *-*
Gostei também das amizades que a Victória semeou em Aprendum. É difícil encontrarmos um livro com romance, onde a escritora lembre que a protagonista precisa conviver com outras pessoas e mesmo que, na maior parte do tempo, a Vicky ficasse com os pensamentos no Alex – ela descreve ele tantas vezes, tantas... que quem não souber como ele é no final, é porque não leu de verdade hahaha –, a convivência com os amigos foi muito legal e prazerosa.
Este primeiro volume é uma introdução à vida de Victória e sua nova perspectiva não humana e também tem um conflito chave envolvendo vampiros que é de tirar o fôlego nas cenas de ação. E diferente das tantas séries com vampiros que conhecemos – incluindo Híbrida –, o antagonista dos vampiros não são lobisomens. E é fantástica essa novidade!

Espero que essa pequena explanação tenha deixado um gostinho de quero mais, porque eu estou ansiosa para ter o volume dois em minhas mãos e quanto mais leitores, maior incentivo para a Tais terminar o livro.

Lembrando que o volume lido é participante do decimo Book Tour Golfinhos e Tubarões.

Obrigada pela visita, não saia sem antes conhecer as redes sociais da autora e seus livros.

Onde comprar: Livraria Cultura


Book Trailer




BIENAL MG

Neste próximo sábado 16/11 as 15:00h no estande da Leitura na Bienal de MG, será o lançamento do primeiro romance da Tais Cortez. Quem for de BH aproveite por mim!






Deixe seu comentário, eu adoro e vou responder.

Beijo, Mari Scotti

2 comentários :

  1. Oiii, Mariii!
    Obrigada pela resenha!
    Eu me diverti bastante com seus comentários no skoob conforme lia e foi bem legal ler agora de maneira mais detalhada o que achou!
    Achei incrível sua revelação sobre o antes e depois da sua impressão sobre o título e a capa. É engraçado como as primeiras impressões podem ser equivocadas! rsss
    Admito q estou bemmmm curiosa para ler Híbrida! Vi certa vez um filme que tinha uma protagonista lobisomem e adorei! Acredito q irei gostar da história q vc criou!
    Bjsss e sucesso ao blog e aos livros!

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  2. Oi Mari!! Eu sou louca para ler esse livro e já faz tempo, mas acabou que ficando para mais tarde e assim foi indo. Quando eu li o título e soube que era fantasia eu imaginava uma história completamente diferente, algo como sereias.. hehehe.... assim que eu tiver oportunidade irei comprar. bjs

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