[Resenha] Tocando as Estrelas

Tocando as estrelas

Autor: Rebecca Serle

Editora Novo Conceito

Gênero: romance

Pontos: 4

Skoob: Tocando as Estrelas

Onde comprar: Extra (14,31)

Sinopse:

Quando Paige Townsen deixa de ser uma simples aluna do ensino médio para se tornar uma celebridade, sua vida muda do dia para a noite. Em menos de um mês, ela troca as ruas da sua cidade natal por um set de filmagem no Havaí e agora está conhecendo melhor um dos homens mais sexies do planeta segundo a revista People. Tudo estaria perfeito se o problemático astro Jordan Wilder não fincasse o pé em uma das pontas desse triângulo cinematográfico. E Paige começa a acreditar que a vida, pelo menos para ela, imita a arte.

=== Resenha ===

Recebi esse livro para a resenha em meados de julho deste ano, mas como outros livros da editora chegaram junto, acabei demorando para ler e fiquei muito chateada com a minha demora, já que adorei a leitura!

Tocando as estrelas é exatamente como a capa e a sinopse propõem, um livro sobre conquistas profissionais, amores, encontros, desencontros e uma boa dose dos bastidores de um filme.

Paige Townsen é uma garota de dezessete anos, ruiva (amo ruivas!), baixinha e que sonha em ser atriz. No entanto, como sua família não entende esse sonho e não a apoia totalmente, ela adquiriu algumas manias para fazer testes para filmes na cidade onde reside. Por isso, quando ela consegue o papel da protagonista principal de um filme baseado em uma trilogia best-seller chamada Locked, apenas seus melhores amigos, Cassandra e Jake, apoiam sua viagem para o Havaí para o início das gravações.

O pai dela da indícios de apoio, mas na realidade não entende a carreira da filha, o que o torna um pouco distante do que ela está vivendo. Mas eu gostei de como ela o descreve, é exatamente assim que me sinto em relação ao meu pai.

“Meu pai nunca disse abertamente o que pensa, mas eu sinto o seu apoio. Sempre o ouço falar que educar um filho é como construir um prédio. Uma pessoa tem que ser a edificação; a outra, a fundação. Meu pai não é um homem alto, mas é muito sólido. Com quatro filhos se você é a base, tudo se consolida ao seu redor”.

A Paige é uma típica adolescente em conflito. É insegura. Confusa. E se apaixona com uma facilidade incrível, como a maioria dos adolescentes. E apesar dessas características tão chatinhas para uma protagonista, ela não torna a leitura chata, mas fácil e gostosa de acompanhar.

Acredito que o maior defeito dela nem seja o fato de se apaixonar fácil, mas o de ser inocente com as pessoas. Ela acredita com facilidade em tudo o que lhe dizem e contam e achei um pouco forçado ela não ter o hábito de acompanhar a vida das celebridades, visto que o sonho dela era se tornar uma.

As gravações do filme não são narradas de forma que sejamos obrigados a ler toda a cena, com seus diálogos e significados, mas descritas para que o leitor entenda o que acontecerá. Vi isto como um ponto muito positivo, pois não confunde a leitura. Mas fiquei com uma pontinha de decepção em saber que os livros que basearam o filme não existem na vida real para podermos ler. O bom é que “Tocando as estrelas” é uma série, então provavelmente saberemos mais da história.

No set de gravação, Paige contracena com Rainer Devon, um ator seguro de si, mais velho e que passa uma serenidade intensa para ela. Tanto que se tornam muito próximos e muito amigos, o que começa a confundir a cabecinha da PG.

Confesso que eu não curti muito o Rainer, tinha a impressão de que a qualquer momento descobriria que ele estava sendo charmoso só para aproveitar da ascensão da carreira dela e dar uma nova guinada na sua. Mas, até que foi bom não ser tão previsível como eu esperava. Ele guarda uma mágoa muito profunda e nem todos os que aparentemente o amam, são assim confiáveis.

Locked relata a história de três amigos que viajam e caem em uma ilha depois de um acidente com o avião. August e Ed são namorados e Noah o melhor amigo de ambos. O que dá a entender nos breves relatos da Paige sobre o filme, é que August já era apaixonada pelo Noah antes do acidente e acreditar serem os únicos sobreviventes, os aproxima.

August é interpretada pela Paige e é tão confusa emocionalmente quanto a atriz.

Noah é interpretado pelo Rainier e parece ter o mesmo dom que o personagem, o de compreender August antes mesmo que abra a boca. Eles possuem uma ligação incrível e o Noah é um ser mágico, que lembra um pouco os avatares do filme Avatar.

Ed é interpretado por Jordan Wilder, o inimigo declarado de Rainier. E as coisas ficam bastante tensas quando este descobre que Jordan tentará o papel.

Ed, assim como Jordan, passa a sensação de familiaridade e certeza em cada cena. Não sei como a escritora conseguiu passar isso para o papel, mas quando ele aparece a primeira vez no livro, meu primeiro pensamento foi: “Finalmente o personagem que eu esperava, surgiu”! A reação da Paige ao se deparar com ele pela primeira vez não foi diferente da minha.

Shippei os dois logo ali, mesmo que já tivesse passado metade do livro com insinuações fortes de que o casal era ela e o Rainier ou talvez até ela e o Jake.

Sim, é um quadruplo amoroso bem forte. Mas não é cansativo como a maioria, só demora muito a ter uma solução e fiquei um pouco decepcionada quando, no final, ela assume seus sentimentos (de uma forma meio inusitada) e pluft, o livro acaba.

Para a minha alegria, descobri que é uma série, então veremos mais desse casal.

O prólogo deixa bastante óbvio o que acontecerá no decorrer do livro e quando lemos a última cena, conseguimos encaixar perfeitamente as palavras das primeiras linhas. Não é spoiler já que vocês entenderão apenas quando chegar ao final hahaha.

Cassandra, Jake e Paige vivem uma história real praticamente espelhada em Locked. A lealdade e a paixão disputam em pé de igualdade e pode abalar profundamente essa amizade de tantos anos.

Gostei da história, bastante até, só queria que tivessem desenvolvido o romance com um pouco mais de intensidade. As cenas com o “não escolhido” são mais detalhadas e deixa um vácuo no coração do leitor quando o livro termina sem sanar nossa necessidade de ter mais do casal “final”.

Vamos torcer para termos mais nas sequências da série *-*.

O livro é lindo, todas as primeiras páginas dos capítulos possuem detalhes na diagramação, ficou bem fofo e sem atrapalhar a leitura daqueles que, como eu, não conseguem enxergar bem com muito frufru na página.

Apesar de ser um livro de tamanho mediano (224 páginas), os detalhes o tornam mais longo e a leitura bastante completa. Mesmo com os apontamentos acima, porque eu me ligo muito mesmo no romance, eu achei essa sensação fantástica, pois não senti que deixei de conhecer os personagens, na verdade eles ficaram muito bem gravados na minha memória, o que é bem difícil de acontecer. Geralmente preciso pesquisar no livro para lembrar o nome dos personagens para escrever as resenhas (Xiiiii contei KKK).

Espero que tenham gostado da resenha e conheçam também esses personagens! Quanto mais leitores, mais chances temos de a sequência ser publicada haha.

Essa postagem é válida para o TOP Comentarista desse mês!

Amanhã postarei os detalhes, mas - segurem os forninhos!!! - o livro do ganhador será As Sete Irmãs, de Lucinda Riley AUTOGRAFADO!! Adquirido em parceria com a editora Novo Conceito *-* presentinho recebido na Bienal do livro.

Beijão,