[Resenha] A Ameaça Invisível



A Ameaça Invisível – Trilogia Anômalos 2

Autor: Bárbara Morais

Editora: Gutenberg

Sinopse: O cerco se fecha contra os anômalos e o cotidiano nas Cidades Especiais começa a mudar. De início, o direito de ir e vir é privado, e a isso se seguem outras medidas restritivas, o que inspira uma rebelião e deixa a situação a um passo de uma guerra civil. Em meio a diversas facções, que defendem ideologias e métodos diferentes de fazer justiça, cada vez é mais difícil enxergar a situação com clareza, e Sybil tem pela frente novos desafios, que põem à prova suas convicções. Em situações desgastantes e por vezes desesperadoras, ela e seus amigos sentem na pele uma grande ameaça, mas não conseguem perceber quem é e onde está o verdadeiro inimigo.

Skoob: A Ameaça Invisível

Onde comprar: Livraria da Folha

Nota: 5

 

=== Resenha ===

 

            Para aqueles que caíram de paraquedas por aqui e não conhecem essa série, a resenha do livro 1 A Ilha dos Dissidentes, você encontra aqui. Só leia esta resenha se não se importar com spoilers, pois este é o livro 2.

 

Demorei um pouquinho a me envolver com a leitura porque o início do livro é um pouco parado, focado em como a Sibyl está lidando com as mudanças e acontecimentos do final do primeiro livro. Mas eu gostei muito dessa abordagem, pois nos leva a conhecer melhor a personagem, perceber seu amadurecimento e se envolver com a família que ela tem na nova cidade (amo o Tomás, já disse isso?! Tão fofo!).

Ela sofre muito pela perda que tiveram na missão e se culpa mais ainda, tanto que sua amizade com o Andrei e o Leon fica bastante abalada em alguns momentos.

Sibyl ainda não conhece todo seu potencial e vai descobrindo durante a história. Gostei muito disso na trilogia, a personagem não é uma heroína superpoderosa e imune a tudo e todos. Ela é uma garota que está conhecendo a si mesma e suas limitações e poderes. Isso nos faz sentir mais próximos da história, porque se fosse possível termos poderes, acredito que amadureceríamos com a mesma desenvoltura que a Sibyl demonstra, sem se tornar a invencível da noite para o dia.

 

Na Bienal e sim, estamos descabeladas! É amor demais <3

Vamos relembrar que, para conseguir a libertação dela e de seus amigos do refúgio onde estavam mantidos depois da primeira missão, Sibyl precisou prometer ajudar na campanha de Fenrir contra o Almirante Klaus. Algo me dizia que havia muito por trás desse acordo e não estava errada.

Quando comecei a desconfiar do motivo, já fiquei louca da vida!! E mais ainda com o final do livro... mas vou falar sobre isso daqui a pouco.

Sibyl se vê envolvida na campanha política de Fenrir de forma estranha e em algum momento ela e seus amigos percebem que não é uma luta vã, eles também acreditam que deveriam ser tratados como iguais pelos humanos, que as pessoas precisam se conscientizar de que os anômalos são mais fortes, mas que são tão humanos quanto qualquer outra pessoa. O envolvimento deles é tão grande, que até nós leitores ficamos com a sensação de que estávamos enganados sobre o Fenrir ser uma má pessoa.

O problema maior é que não é só politica e conscientização. Os anômalos não estavam ouvindo e se conscientizando de que era possível conviver em harmonia, mas se rebelando de forma equivocada. E uma guerra pode ser iniciada a partir dos inúmeros conflitos que começam a surgir.

Uma nação insatisfeita pode colocar um governo abaixo. Basta se unirem para isto.

 

O romance entre Sibyl e Andrei amadurece nesse segundo volume, mas como uma boa apaixonada por romances, senti falta dos detalhes. Compreendi que o foco do livro não é o romance e por isso, esse ponto não me desagradou, contudo, deixo aqui registrado para o caso da nossa querida Bárbara decidir escrever mais sobre os dois haha.

 

Do meio para o final a história se torna tensa, porque Sibyl, Andrei e Leon começam a descobrir alguns segredos, principalmente Sibyl que é quem está mais próxima de Fenrir por causa do seu papel na campanha.

É impressionante o desenvolvimento da trama para o final. Pensamos “Isso, agora ela vai saber quem realmente é o Almirante Klaus e eles irão conversar, se acertar e vai ser lindo!!”, só que a Bárbara é cruel e estilhaça nossos sonhos, ainda pisa em cima e os esmaga um pouco mais. Doeu viu?!

O que foi aquele final? Eu chorei, chorei e chorei e ainda não tive coragem de abrir o livro 3 para ter certeza das pessoas que perdemos no final do livro 2.

 

As cidades anômalas foram isoladas pelos humanos, sem qualquer explicação e isto deixa os humores bastante abalados e uma guerra é iminente!

 

Depois dessa resenha, fiquei ansiosa para retomar a leitura do meu terceiro volume e espero que vocês se animem também.

 

Eu amei o livro, acho que deu para notar. E mais ainda os meus autógrafos neles! Ganhei até uma anomalia no autografo do primeiro livro e tem tudo a ver comigo: prever o futuro. Para quem não conhece a série Nefilins, a minha personagem Suzanna prevê o futuro. Parece até que a Bárbara tem o dom de saber qual dom teríamos se fossemos anômalos não? Eu adorei!

 

 

 

Vamos às ruas, lutar por nossos direitos (de anômalos haha)!

 

 

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Beijooos,