O Retrato da Condessa
Autor:
M. S. Fayes
Editora:
Qualis
Gênero:
Romance quase de época
Skoob: O Retrato da Condessa
Onde
comprar: Qualis
Sinopse:
Ela não sabia
o que o destino lhe reservara.
Ele não
imaginou o que o futuro lhe traria.
Num encontro
casual, Laura e Vincent veem suas vidas mudarem drasticamente. Passado e futuro
se juntam de maneira espetacular, em um amor atemporal.
Quando Laura
viajou com suas amigas para um hotel charmoso em Londres, não esperava se
deparar com um homem elegante e de porte aristocrático em seu quarto.
Se Vincent
Kildare, Conde de Lilwith, conseguisse usar apenas uma palavra para descrever
os eventos que vivenciou, certamente seria “inacreditável”.
Dois mundos
diferentes, que colidem e resultam num amor que nem mesmo o tempo pode apagar.
=== Resenha ===
A Bienal me trouxe alguns benefícios que não
usufrui nos anos anteriores: novos livros e novos amigos. Por que não? Porque
eu ficava sentada no estande da Novo Século como uma estátua, com medo de
sentir muita dor se andasse muito e não aproveitava para passear e saber porque
tantas pessoas se aglomeravam nos inúmeros estandes e eventos.
A Bienal de 2015 me fez sentir uma nova pessoa. Não
apenas porque emagreci 30 kg para aguentar o pique de dez dias, mas também
porque me senti disposta e muitíssimo bem em andar loucamente por lá.
Em um dos dias, estava eu tranquilamente visitando
o estande da editora Ler, quando me fizeram ir ao da Qualis para dar tchau para
alguém (não lembro quem). Quando chego lá, me deparo com uma mulher metida em
um vestido de gala, a Ludmila fazendo uma trança ao estilo Katniss em seus
cabelos coloridos e um livro de época sobre a mesa de autógrafos. A soma dessas
três coisas me fez crescer o olho e esquecer por completo que eu estava super
pobre e não podia mais gastar.
Alguém – também não lembro quem – me resumiu a
história do livro e quando dei por mim, estava esperando a autora autografar
meu belo e novo exemplar.
Mas a Martinha tinha tirado o vestido porque não
percebeu que eu estava esperando! E eu? Boba como sou, quase chorei! Hahaha.
Por sorte a Martinha se caracterizou novamente, autografou meu livro, tiramos
fotos e fui para a pousada feliz da vida com meu exemplar.
O meu exemplar autografado:
Li na mesma noite e vocês conhecerão minhas
impressões mais sinceras agora.
Vincent Kildare é um homem cobiçado, como a maioria
dos nobres de seu tempo. É um conde e possui, além de posses, muito dinheiro e
responsabilidades, duas irmãs e uma tia por quem se sente responsável. O início do livro o descreve como um homem atraente
“à sua maneira” e isso me deixou pensando por algumas páginas: ser bonito à sua
maneira todos nós somos e queria muito conhecer a face desse nobre senhor.
Após passar uma tarde no clube para homens, Vincent
decide visitar seu melhor amigo, o Visconde de Witshire que está dando uma
festa. Como fica óbvio para o anfitrião que o amigo não está em clima de festa,
ele sugere que Vincent descanse em um dos quartos de hospedes de sua singela
mansão.
Sem preocupar-se em se afastar da festa por alguns
momentos, ele aceita o convite e se retira para os aposentos. No caminho,
Vincent se depara com alguns quadros e desentorta um que está logo à frente do
quarto. Mal sabe ele que o quadro não deveria estar lá e que esse simples gesto
mudará toda a sua vida.
Laura é uma mulher desbocada, linda (ao seu modo?)
e pouco amedrontada. Vive em Londres no ano de 2014.
Está se preparando para ir a uma festa com suas
melhores amigas e, ao sair do banheiro, se depara com um estranho vestido como um antiquado nobre, deitado em sua
cama.
A reação dela não é gritar, chamar a polícia ou
voltar e se trancar no banheiro, mas apontar o secador como se fosse uma arma,
se manter vestida inadequadamente (para a pobre visão do nosso Conde) e
questionar o que ele fazia ali.
Nesse ponto da história eu pensei que não fosse
curtir a trama, já que achei que foi fácil demais ela acreditar que ele era do
passado e ele aceitar que chegou ao futuro.
No entanto, mantive a leitura, pois um dos meus
filmes favoritos é “Em algum lugar do passado” e eu tinha esperanças que o
livro fosse me surpreender.
A diferença de classe e época é gritante entre os
dois e a atração também. Não é surpresa quando percebemos o senhor Conde
flertando com a Laura descaradamente.
A história tem tudo para ser perfeita, só achei que
a escritora poderia ter explorado os obstáculos com um pouco mais de
aprofundamento. Senti que as soluções chegaram rápido demais e eu gosto muito
de sofrer com os personagens.
A escrita é bem parecida com a de escritores de
livros de banca, onde se usa o narrador onipresente, sem separar claramente quando
um personagem narra e o outro interfere na narração. Isso me incomodou
bastante, porque meu estilo de escrever – mesmo em terceira pessoa – é mais
para o personagem-narrador do que o onipresente. Mas não se assustem, isto não
estraga a leitura, só instiga, visto que temos o ponto de vista dos dois
protagonistas durante todo o livro.
Eu gostei muito do livro e espero que mais pessoas
deem uma chance para conhecer o Conde e – quem sabe – a futura Condessa.
Nota: 4 porque eu acredito que a Martinha tem muito
a oferecer nessa história e que dá sim pra fazer o leitor chorar com ela. Me
faça chorar Martinha! Hahaha.
Beijão,
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