[Resenha] Primeiro e único




Primeiro e único
Autor: Emily Giffin
Editora Novo Conceito
Sinopse:
Shea tem 33 anos e passou toda a sua vida em uma cidadezinha universitária que vive em função do futebol americano. Criada junto com sua melhor amigas, Lucy, filha do lendário treinador Clive Carr, Shea nunca teve coragem de deixar sua terra natal. Acabou cursando a universidade, onde conseguiu um emprego no departamento atlético e passa todos os dias junto do treinador e já está no mesmo cargo há mais de dez anos.
Quando finalmente abre mão da segurança e decide trilhar um caminho desconhecido, Shea descobre novas verdades sobre pessoas e fatos e essa situação a obriga a confrontar seus desejos mais profundos, seus medos e segredos.
A aclamada autora de Questões do Coração e Presentes da Vida criou uma história extraordinária sobre amor e lealdade e sobre uma heroína não convencional que luta para conciliá-los.
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=== Resenha ===

Oi meus amores! Vocês perceberam que agora tenho mais colunistas no blog, ne?! Pois é, com essa vida corrida com trabalho, livros para escrever, livros para ler, igreja e fanpages, eu não tenho conseguido dar a atenção que o Blog precisa, então pedi ajuda a alguns amigos.

A Beatriz, a Patty, a Camila e a Ana já postaram até alguma coisinha para vocês. Em breve conhecerão também o Marcelo. Ele já cuida comigo e a Ana da página Literatura Nacional BR, é o que dá mais surtos nas postagens! Haha.

Se quiserem conhecê-los melhor, ali no cantinho direito vocês conseguem acessar o perfil pessoal de cada um.

Mas vamos para a resenha!

Primeiro e único chegou para nós no comecinho do mês de junho, em parceria com a Editora Novo Conceito. Demorei um pouco a pegar o livro, pois estava finalizando a leitura de Fascínio Egipcio (resenha).

O livro começa com o funeral da Sra. Carr, a esposa dedicada do treinador, um homem de cinquenta anos, respeitado e aclamado como um dos melhores treinadores de futebol americano universitário e a pessoa mais conhecida da cidadezinha de Walker. A forma da Shea narrar nos mostra uma menina fascinada pela família Carr e até um pouco infantil em como lida com a morte.




Lucy Carr é uma mulher difícil de lidar. Dona da verdade na maioria das vezes e enérgica em suas opiniões. No entanto, mesmo conhecendo esse lado complicado de sua melhor amiga, Shea não deixa de estar ao seu lado em todo tempo e todos os momentos. Ela aceita a opinião de Lucy como verdade absoluta em todas as situações e o apego destas das amigas fica mais palpável no decorrer da história.

Lawton, irmão de Lucy, é um solteirão despreocupado e muito ligado à mãe recém-falecida. A Sra. Carr morreu de câncer e um de seus últimos pedidos foi que ele se casasse com a melhor amiga de Lucy. O problema é que ele não era seu tipo e nem ela o dele. E eu achei que isto seria melhor explorado na trama, mas não foi.

O treinador Carr é um caso a parte. Logo que foi apresentado, nas primeiras páginas do romance, me encantei com ele. Mesmo sendo um dos homens mais populares na cidade, respeitado por seu cargo como técnico de futebol americano na Universidade de Walker, ele não é presunçoso, o oposto, é discreto, centrado, sempre de bom humor mesmo depois de perder a esposa e um homem sábio como poucos. Fiquei imaginando o Richard Geere na minha frente sempre que o Sr. Carr estava em cena!


Shea é fissurada por futebol americano. Nasceu no mesmo dia em que eu – 22 de fevereiro de 1980 – e sua vida gira em torno do time de futebol americano de Walker, da família Carr e seu emprego da universidade Walker.

“Lucy dizia que eu só pensava em futebol, o que estava muito próximo da verdade, pelo menos antes de a Sra. Carr ficar doente. Mesmo depois, escapei para o jogo que eu amava e sabia que o treinador fez o mesmo, o que enfureceu Lucy, porque ela não compreendia o que estava acontecendo.”

  

Tanto é fissurada por futebol, que Shea logo tem um romance com um dos quaterbacks mais conhecidos: Ryan. Ele é o sonho de consumo de toda mulher: lindo, cheiroso, atencioso e rico (Haha, não minta! Duvido que você nunca sonhou em se casar com um homem que tenha ao menos um emprego decente!!). E tem uma característica que ele esconde muito bem das pessoas, aproveitando-se da imagem do homem mais cobiçado do mundo.

Desde o início da leitura pensei que o romance aconteceria com o Lawton e depois fiquei dividida entre ele e o pai e quando o Ryan apareceu, eu quase joguei o livro longe, porque ele não me encantou e as cenas, mesmo as mais quentes, não fluíram com paixão. Para a minha sorte, e vocês pensarão o mesmo quando lerem, a escritora quase me enganou colocando o Ryan no meio do caminho.


Achei os primeiros capítulos bastante cansativos com a narração extensa e carregada de lembranças do passado. A intenção da autora era apresentar os personagens e como são importantes na vida da protagonista, mas acabou deixando a leitura arrastada.

Percebi também que essa é uma característica da escritora: a Shea relembra o passado o tempo todo, então é preciso estar bem atento para não se perder entre o presente e o passado.

Não vou me estender no resumo, porque se não acabarei contando quem a Shea ama de verdade. No entanto vou acrescentar o que me fez engatar na leitura e terminar o livro no mesmo dia que comecei: o treinador. Eita homem bom sô!

Acho que na resenha ficou óbvio que eu não curti muito a forma que a Emily narra. O problema é que não gosto de livros estilo diário, pois a história perde um pouco da emoção de acompanharmos os acontecimentos no momento em que acontecem (ficou redundante, eu sei! Haha). Muitos diálogos ela descreve na narrativa, sem deixar acontecer de fato e os emenda com a ação dos personagens, então o uso da palavra “enquanto” ficou bem carregado no livro, o que é muito irritante.

Tirando os “enquanto” eu gostei da história. Preferia que a Emily tivesse explorado melhor o romance real e fechado a história contanto o que aconteceu com os Broncos (nome da liga do treinador Carr), mas mesmo assim eu curti a história. É diferente do esperado e explora muito questões humanas como ciúmes, amor fraternal, amor carnal, gratidão e família.

Um dos pontos mais positivos além do treinador – claro! – foi a forma como a Emily explorou as emoções familiares. O pai da Shea abandonou sua família quando ela era ainda criança e sem ela perceber, o treinador acabou tomando esse espaço em sua vida por muitos anos. A mãe dela é a melhor amiga da Sra. Carr e como a imita em tudo, é como se Lucy e Shea fossem realmente irmãs.

Quando adultos em um momento precisamos enfrentar nossos fantasmas e crescer. Fica evidente o amadurecimento da protagonista e de todos ao seu redor durante o ano seguinte a morte da Sra. Carr.


O livro é repleto de referências ao futebol americano e quem gosta vai adorar a leitura, pois tem muitas explicações, termos e estratégias de jogo. Como eu odeio futebol, não me apeguei muito aos detalhes do jogo não, mas me identifiquei demais com a paixão dela pelo jogo, pois me sinto assim em relação aos livros.


Enfim, é uma leitura lenta, mas que vale o esforço em chegar até o final. Só pelo fato de termos o Sr. Carr na história, já vale até reler! Hahaha.

Quem ler o livro vem aqui comentar comigo!


Post válido para o TOP Comentarista de junho!


Super beijo!

7 comentários :

  1. Oi Mari!

    Emily Giffin tem dessas mesmo... a leitura começa cansativa e depois acaba de modo quase perfeito! Eu já li uns dois livros dela, mas não pretendo ler mais justamente por isso! Gosto de livros que dão ansiedade do começo ao fim, e com os livros dela, não rolou comigo!

    Bjo bjo^^

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    1. ah que fofa, você comentou! *-*
      Então... eu curti a ideia do livro, mas preferia uma forma diferente de contar. Fico pensando em como eu escreveria ou um escritor que eu amo, dando ênfase maior ao romance, a dor que ela passa quando descobre de quem realmente gosta, etc. E ficou faltando muita coisa.
      Acho que não leria outro livro dela também, porque você não é a primeira que falou que ela narra assim em todos. Uma pena.
      Obrigada por comentar *-*
      bjus

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  2. Nunca tinha ouvido falar desse livro e nem da autora.
    Gostei muito da resenha e parece ser um ótimo livro, mesmo que o estilo diário não agrade muito, tentarei dar uma chance para o livro.

    Beijão.

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  3. Oi eu li uma vez um livro da Emily e ameeei foi Questoes do Coraçao, esla escreve uns chick lits mtoo bom, me apixonei por ela nesse livro, e ja quero mto ler esse, espero nao me decepcionar, pelo o que eu vi ela conta historias mto relacionado a familia e os dramas cotidiano eu amoo isso, apesrr que fica meio chato msm haha, ameeei a resenhaaa mtoo bom bjoos.

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  4. Oi Mary ^^
    Nossa, eu não fazia idéia que a Emily escrevia de forma cansativa. Fico me pergunto o que ela tem para estar no topo das conversas literárias atuais. Mas ainda continuo com o desejo de ler algo dela só para ter a minha opinião. Não gosto de opinar sobre autor quando eu nunca li nada dele para ter como base.
    Fico me perguntando se gostarei da Shea. Personagens que aceitam a opinião dos amigos como verdade absoluta me incomodam um pouco. Mas pelo menos vc já disse que ela amadurece, Mari. Só espero que esse amadurecimento seja progressivo porque de supera (de uma hora pra outra) não me convence de jeito nenhum.
    Não sei se vou me dar bem com a Lucy. Só espero que ela proteja sempre a Shea.
    Fiquei com muita curiosidade em relação ao Ryan. Rezando para ele não ser um babaca.
    Quanto ao Sr. Carr, preciso saber o porquê de tanta amor seu por ele. Deve ser um coroa e tanto, hein? Kkkkkk
    Parabéns pela resenha e obrigado por mostrar os lados negativos da leitura. Me incomoda quando não o expõem.
    Bjs :*

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    1. Brunooo, obrigada por comentar! Acho que vale a pena tentar ler. Eu não gosto de livros ao estilo diário, então isso influenciou bastante na resenha hahaha.Espero que vc goste do treinador Carr tb, ele é lindo, mas tem uma personalidade dificil de ignorar.
      Beijocas

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  5. Com a correria do dia a dia fica dificil cuidar das postagens do blog e ter post semanalmente, eu sei como é.
    Eu ainda não li nenhum livro da autora, mas tenho muita curiosidade de ler um dela, não sei nada de futebol brasileiro muito menos americano mas acho que seria interessante ler esse livro

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