[Resenha] A retomada da união






A retomada da união – Trilogia Anômalos 3
Bárbara Morais
Editora Gutenberg
Sinopse: Depois do atentado que ficou conhecido como Massacre Amarelo, a situação em toda a União está crítica. Para a maioria das pessoas, Sybil está morta. A tensão entre humanos e anômalos é palpável, e Fenrir se apodera da fraqueza de seus semelhantes para se intitular o herói da revolução. Com a ajuda de novos e velhos aliados, Sybil resgata seu passado ao mesmo tempo em que tenta conquistar um futuro diferente para seus iguais. Peça-chave no plano para deter os principais inimigos do Estado, a garota se encontra em meio a um jogo político abarrotado de intrigas e mortes. Prepare-se para desvendar os maiores e piores segredos que estão por trás do desfecho desta eletrizante trilogia.
Onde encontrar: Amazon

=== Resenha ===



Oiiii gente!!

Cara, comprei o último livro da trilogia no lançamento e não tinha lido ainda, isso é uma vergonha! Mas, confesso que eu tinha tanta expectativa com o final que estava com medo de ler. Para a minha alegria, a Bárbara é a mestre das distopias e terminou a história com maestria!

Vem conferir!


A imagem pode conter: 2 pessoas, incluindo Mari Scotti, pessoas sorrindo, pessoas em pé
(Bienal 2016 - meu cabelo ta horrível! haha)


“O resultado de não fazer nada é bem pior do que o que pode dar errado se agirmos”.


A trama continua exatamente de onde parou o segundo livro e eu esperava por uma notícia boa que não aconteceu! A Bárbara é má, só posso comentar isso.
Sybill está gravemente ferida e confusa com tantos acontecimentos. Descobriu quem era seu pai, tem o diário de sua mãe que pode revelar ainda mais e não sabe se pode confiar nas pessoas que a salvaram. Mentir para os que ama, deixando que acreditem que morreu, não parece ser bom também, e, apesar de tantas questões, ela segue em frente, na busca de compreender seu papel em toda a rebelião. E se quer fazer parte da rebelião.

"Mas é isso que eu quero? Fugir da situação, deixar que outras pessoas resolvam o problema enquanto me mantenho afastada de tudo? É exatamente o que eu fazia em Kali: nunca me importei muito com as batalhas, a guerra, o drama todo, nada fazia sentido para mim".

Assistir Fenrir ganhar o coração dos anômalos e inflamá-los para se revoltar contra a União a convence de continuar seguindo os irmãos Hannah e Hassan, principalmente quando descobre que Andrei e seus amigos estão no local subterrâneo para onde a levaram.
Ídris, a líder do “Sindicato” foi uma das personagens que me deixou em dúvida quase o livro todo. A gente aprende a desconfiar de todo mundo nesses livros. Gostei muito dela, principalmente durante o período em que não sabíamos seu gênero. Foi uma tacada de mestre!
No subterrâneo ela encontra também sua avó adotiva, a mulher que cuidava do orfanato onde morou quase toda a sua vida. Isso a surpreende mais do que ter sido resgatada, do que acharem que está morta e continua surpreendendo durante a trama, já que há muito a ser revelado.
Boa parte do livro conta com Ídris e seus seguidores criando ideias e estratégias para expor Fenrir e obrigar a União a colocar um novo líder no lugar, mas não é tão fácil como parece, e foi aí que o livro me ganhou. A distopia não fala sobre vencer na força, mesmo havendo a necessidade de lutar fisicamente, ela fala sobre confiar nas pessoas certas e as ajudar a conquistar seu lugar de direito.
Ídris e seus pares buscam descobrir quem poderia lidera-los com mão justa, sem destratar os humanos nem os anômalos, deixando que vivam com direitos iguais sem temerem uns aos outros.
Outra parte importante é o treinamento de Sybil. Sua tia de verdade é quem a treina e ficamos na dúvida se ela é uma personagem boa ou ruim, também quais são as suas verdadeiras intenções. O que eu senti foi uma boa dose de antipatia por ela. Se bem que a Sybill pareceu mais marrenta nesse volume também.
O romance se destacou como esperado e nos momentos certos, sem parecer algo meloso e fora de lugar. Eu adorei! Todos os casais que se formaram me deixaram feliz e satisfeita e as cenas entre Andrey e Sybill foram divertidas e fofas, ganhando nosso coração.


"Meu peito se aquece quando o encaro, surpresa por vê-lo aqui. Não acredito que ele veio, que deixou seu pai sozinho e decidiu seguir um monte de malucos para um lugar que não sabia onde era".


Não entendo nadica de nada sobre política e por isso que achei que o livro ficou muito fiel ao que seria na realidade. A Bárbara se deteve nas ambições das pessoas, em suas motivações e mostrou uma sociedade tão sem conhecimento quanto a nossa, o que os levou a viver golpe atrás de golpe, sendo levados a acreditar em promessas vãs.
Ler nos ajuda a acordar para o que temos vivido no Brasil e a ter vontade de aprender mais, para não sermos os crédulos tolos na vida real.
Tenho até receio de falar demais e estragar a leitura para vocês! Haha.

Eu amei o livro e o final foi inesperado, muito bom!

Espero que vocês leiam a trilogia e fiquem tão empolgados quanto eu!

Beijão,

Mari Scotti

1 comentários :

  1. Aprender a desconfiar é mais que importante em livros de distopia e pelo que vejo você você amou o desfecho dado pela autora. Espero que um dia tenha a oportunidade de ler, pois amo um fundo político nas histórias.

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