[Resenha] A Herdeira

A Herdeira

Série A seleção livro 4

Autor Kiera Cass

Editora Seguinte

Nota: 4/5

Skoob

Onde comprar: Submarino

Sinopse: No quarto volume da série que já vendeu mais de 500 mil exemplares no Brasil, descubra o que vem depois do "felizes para sempre".

Vinte anos atrás, America Singer participou da Seleção e conquistou o coração do príncipe Maxon. Agora chegou a vez da princesa Eadlyn, filha do casal. Prestes a conhecer os trinta e cinco pretendentes que irão disputar sua mão numa nova Seleção, ela não tem esperanças de viver um conto de fadas como o de seus pais. Mas assim que a competição começa, ela percebe que encontrar seu príncipe encantado talvez não seja tão impossível quanto parecia.

=== Resenha ===

 

Oies!!

Não é segredo pra ninguém que eu amei a série A Seleção, apesar de alguns detalhes terem me desagradado, então, não é surpresa nenhuma para vocês meus 4 pontinhos ali para o livro!

Neste volume Maxon e América estão mais velhos, maduros e rei e rainha de Illéa. As castas ficaram para trás, e apesar de não existirem, as pessoas continuam se tratando pela casta a que pertenciam, o que gera grande insatisfação no povo sobre o futuro do país. Como não sabem o que fazer para mudar a mente dos mais antigos, que cresceram com as catas, e manter a paz, eles decidem fazer algo que prometeram nunca submeter os filhos: trazer a seleção de volta.

O amor do casal é palpável para qualquer pessoa e é por isso mesmo que a princesa Eadlyn fica enlouquecida com a ideia dos pais. No entanto, seu senso de dever para com seu povo a faz aceitar escolher seu futuro marido através da seleção.

Ela é uma princesa, mas não qualquer princesa, por ter nascido alguns segundos antes de seu irmão gêmeo ela é a herdeira do trono e, mesmo não sendo a rainha ainda, ela possuí uma grande responsabilidade com Illéa e conseguimos perceber toda a dedicação e devoção em suas atitudes. Apesar desse senso altruísta, ela passa longe de ser humilde ou parecida com a América que não se importava com status social. A Kiera nos apresenta uma personagem praticamente o oposto da mãe: ela é mimada, egocêntrica – escolhi essa palavra porque apesar de algumas atitudes a favor do povo, ela pensa em si mesma quase o tempo todo –, infantil e bastante superficial. Mas ao mesmo tempo é forte, decidida, temperamental e honesta em alguns momentos.

Conseguimos compreender o motivo de ela ser tão chata quando percebemos que a intenção da trama é justamente amadurecê-la para assumir o trono no futuro.

Maxon e América estão mais velhos e aparentam cansaço estremo. E é comum em Illéa o primogênito assumir o trono mesmo sem a morte do antecessor. Mas ela não está pronta e a seleção mostrará isso, também a fuga de seu irmão gêmeo para se casar as escondidas com a princesa da França: Camille.

A seleção nos traz personagens com nomes estranhos – acho que a Kiera adora nomes estranhos – e personalidades diversas. Vou citar apenas os que me marcaram:

Kile mora no palácio e é filho da madame Marlee. Quem leu A Seleção se lembrará dela como a mulher que foi salva da morte levando chicotadas nas mãos. Ele estuda arquitetura e tem ganas de deixar o palácio e conhecer o mundo, por isso mesmo que fica surpreso ao ser sorteado ao vivo, no jornal de Illéa, como um dos candidatos para a seleção. Alguém sacaneou ele, não acham?

Eu shippei a Eadlyn com dois personagens e o Kile é um deles. Eles brigam horrores, se odeiam e só isso já é sinal de sentimentos reprimidos na minha opinião.

Meu outro shipp é com o Eikko, ou melhor, Erick, o tradutor de Henri, um personagem nascido em outro país e que agora mora em Illéa, mas não fala uma palavra de inglês (acho que inglês é a língua mãe de Illéa!). Henri é muito fofo, muito fofo mesmo, o que atrapalha é ter uma terceira pessoa entre eles o tempo todo, traduzindo cada palavra que eles falam. O Eikko, mesmo não sendo candidato, apenas uma espécie de figurante, tem humor, é dedicado, sincero, fiel e parece ter uma super queda pela princesa.

Henri, como disse acima, veio de outro país e adora cozinhar. Fiquei imaginando ele como um daqueles super padeiros, que fazem coisas tão gostosas que até a rainha América deixaria o Maxon por ele! (Espero que entendam a piada interna!) Só não shippei ele com a Eadlyn porque fiquei pensando como seria a lua de mel deles: o Eikko teria de traduzir a noite de núpcias? Uiq.

Esse primeiro livro se foca bastante nas dificuldades da princesa em se enturmar com os garotos, se abrir e deixá-los conhecê-la de verdade. Também na insatisfação da população sobre quem ascenderá ao trono. Eles não confiam nela para ser sua futura rainha e deixam isso claro em vários momentos.

Senti falta da pitada de distopia que havia nos três primeiros livros da série, parece que a Kiera esqueceu da parte rebelde, da política e se focou mesmo só no possível romance. Esse foi um dos motivos de ter tirado uma estrelinha da pontuação do livro. Essa série daria uma super distopia romântica se ela tivesse prestado atenção aos detalhes políticos e aos rebeldes.

O final do livro é de deixar qualquer um de cabelo em pé e ter de esperar o lançamento de A coroa foi um tormento!

Graças aos céus eu já li meu exemplar e logo, logo postarei resenha para vocês.

A escrita da Kiera é bem simples e de fácil entendimento. Ela termina os capítulos de forma simples, sem ganchos para os próximos e começa como se fosse um novo dia os seguintes, deixando as vezes alguns buracos sobre o que aconteceu entre um capítulo e outro, mas isso não estraga a leitura, só a deixa mais rápida.

Eu prefiro algo bem mais detalhado, mas não desanimei da leitura não, eu amei! Amei tudo! E espero que vocês gostem também.

Beijão,

Mari Scotti