Entrevista: Keila Gon


ENTREVISTA KEILA GON
Primeiro, agradeço por conceder a entrevista!
É um Prazer Mari, você sabe que adoro falar com você ohhhh



Coração de Papel: Fale-nos um pouco sobre você: A mãe, esposa e amiga.
Keila Gon: Ai... Difícil falar da gente... Mas vamos lá...
A “Mãe” Keila tenta fazer o melhor, já foi MUITO neurótica e (graças a DEUS) na maioria das vezes, faz a coisa certa! Claro, minha filha tem sete anos e depois de um tempo a gente passa a encarar as surpresas da maternidade com “certa” calma... (Aprendi que criança se machuca, mas a união das palavras “sangue” e “filha” ainda me dá pânico, diga-se de passagem).
A “esposa” Keila é mil em uma... e continua mudando, porque a sabedoria transforma. Tem uma paciência infinita, um carinho eterno pela pessoa ao meu lado, e a certeza de que o destino está presente, ainda atuando em nossas vidas. Todos sabem que acredito piamente no destino, certo?
A “Amiga” é fiel, boazinha... e tenta vencer a preguiça para estar a disposição dos amigos. Mas vira uma fera quando vê alguém que ama ser injustiçado. ODEIO injustiça. Na maioria das vezes, perdoo quem me machuca... mas não tenho a mesma facilidade ao perdoar quem machucou uma pessoa importante para mim. Isso é curioso.

CP: Tivemos o privilegio de participar de alguns eventos em que você estava presente e sabemos que começou a escrever devido à indignação em ler um livro nacional, publicado por uma grande editora, cuja história era para ser excelente, mas te desapontou. O que você acredita que falta ainda nos escritores atuais para haver excelência nas obras que apresentam? E nas editoras?
KG: Aos escritores nacionais, que construam uma obra com começo, meio e fim! Parece simples, mas muitos se perdem no caminho... como foi o caso da ”obra” que me irritou. E, POR FAVOR, leiam seu texto com olhos de leitor! Gostar do que se lê é fundamental! Não termine um texto porque tem que terminar, mas porque quer se emocionar com o fim de sua história!
Às editoras, critério de leitor ao avaliar um livro! Vejo tantos livros maravilhosos esquecidos... Simplesmente porque dá “sim” trabalho divulgar um livro, principalmente nacional. Concorrer com o mercado internacional ainda é um desafio que poucas editoras abraçam.

CP: Como surgiu a ideia para a série Cores? E o Vincent Dippel?
KG: Eu cresci em meio a natureza, com minha irmã mais velha inventando aventuras no sítio dos meus pais em Minas Gerais. Fomos criadas em São Paulo e quando íamos para o sítio, sentíamos a liberdade do simples... ahhhhh COMO ISSO É BOM! Lá a imaginação rolava solta e somada aos causos que meu avô paterno nos contava, tornou a fantasia uma companheira inseparável! O mundo de “Cores” é a união de várias impressões... lugares, música, desenhos, filmes, livros, pessoas, experiências... A história sempre esteve presente na imaginação, o mundo paralelo, a magia, mas tomou forma depois de uma viagem. Esse lugar (Amsterdã) foi como uma pesquisa de campo kkkk onde pude observar as pessoas, e criar o elo que faltava para essa história... Vincent. Não acredito em príncipe encantado, acho que nenhum herói é perfeito e daí vem minha simpatia pelos Bad Boys kkkk Nem mesmo os bonzinhos são santos e depois de crescer vendo a versão perfeita da Disney, procurei os contos originais e fiquei satisfeita ao entender que na maioria os mocinhos não são perfeitos.

CP: Conte um pouquinho sobre o primeiro livro da série: Cores de Outono.
KG: “Cores” é pessoal. Foi criado para minha diversão e fala muito do que acredito e do que espero da vida. Fala muito de mim e das pessoas que amo... é uma mistura de vivência, sonho e fantasia. Nele está o meu mundo, minha montanha (a serra da Mantiqueira, em especial, Campos do Jordão que serviu de inspiração para a fictícia Campo Alto), meus desejos, meus gostos e até um pouco da minha personalidade...kkkkk Tudo isso foi cenário para esse romance improvável que surge com o acaso e se fortalece aos poucos, mostrando possibilidades que encantam e desafiam personagens de mundos completamente diferentes. “Cores” apresenta o amor, a esperança que supera a desilusão. Mostra a possibilidade do impossível, um mundo mágico que se mistura a um mundo real de forma natural. A fantasia que entra aos poucos, conquistando, transformando a vida dos personagens em um complexo emaranhado de segredos e descobertas, atraindo perigos e buscando provas para justificar luta pela esperança e amor.

CP: O que podemos esperar em Sombras da Primavera?
KG: A continuação da saga vai ser mais agitada. Ainda teremos romance, amor, descobertas... mas as emoções serão exploradas de forma intensa. Os personagens vão lutar por sua felicidade, e terão que merecê-la. Nesta jornada vão se deparar com novas intrigas, o desenrolar do mistério, viagens a novos cenários e posso dizer que a magia entra definitivamente na saga. Com novos personagens e surpresas. Ops... olha o spoiler! kkkk

CP: Algum projeto futuro além da série Cores? Quais?
KG: Sim... existe. Mas a série ainda ocupa meus dias e minhas noites, então, não tenho “como” pensar em outras coisas. Kkkk Por enquanto estou concentrada em “Luz de inverno” o terceiro livro da saga. E talvez, eu disse talvez, um complemento que vai explorar outro romance que desponta em “Cores”. Hummmm... mas isso é outro assunto. Kkkkk

CP: Sabemos que faz parte do grupo Trilhando Páginas. Como surgiu o grupo e qual a KG: sua relação com as autoras? Possuem algum projeto futuro em conjunto ou com outra autora?
Sou fã destas autoras e recebi o convite com um sorriso de orelha a orelha kkkk  O grupo surgiu com sete escritoras e a ideia de fortalecer a nova literatura nacional de romance e fantasia. Assim, organizamos eventos em diferentes cidades para conhecer leitores, falar sobre livros, sonhos, personagens e... dar muitas risadas com os novos amigos. Sim, a cada evento fazemos novos amigos e isso é muito, MUITO gratificante.
O relacionamento das autoras é de amizade e cumplicidade. Nos tornamos MUITO AMIGAS, e cada encontro é uma festa. Literalmente. Com direito a almoços, fofocas, spoiler e MUITAS risadas!!!
Já recebi convites para escrever em parceria, e adoraria, mas preciso terminar meus projetos antes de pensar em me dedicar a novos desafios. OH LORD!

CP: Qual seu livro preferido estrangeiro? E nacional?
KG: Nacional... sempre “Cinco minutos” José de Alencar, ele é especial para mim.
Meu preferido internacional na verdade é uma saga, “A maldição do tigre” da Colleen Houck. AMOOOO essa mulher!

CP: Recomende no máximo três livros nacionais para os leitores do Blog Coração de Papel.
KG: AMO vários nacionais, mas o último que li me deixou nas nuvens... “Procura-se um marido” da Carina Rissi. Tem também “Paraíso” da Deyse R. Nicoli que me conquistou.
Sabe, tem uma certa autora nacional (vulgo, Mari Scotti) que me mandou uns manuscritos que estão nos meus favoritos, mas como eu não posso falar deles ainda, vou suspirar e indicar outro querido... “O farol do porto da paz” da Kelly Cortez, é de uma intensidade que conquista!

CP: O que você acha da relação blog x autor?
KG: Sem eles eu não vivo!
Serio. Os blogs literários são a ponte até o leitor, sem eles, os escritores ficariam estagnados, presos a divulgação exclusiva das editoras... e falando de nacionais que competem com estrangeiros, já alavancados no mercado internacional, sabemos que não é nada animador. Os Blogueiros são responsáveis pela redescoberta da literatura nacional, sem o incentivo deles seria difícil sustentar a visibilidade que conquistamos. Eles são essenciais na conquista de novos leitores e consequentemente, no crescimento da literatura nacional.

CP: Possui alguma rotina para escrever? Alguma inspiração especial?
KG: Não tenho um horário certo para escrever... na verdade, quando e onde estiver o computador está ótimo! Kkk Mas, confesso, se tiver música a coisa flui com maior velocidade.  A música comanda as emoções... não dá pra escrever uma cena de ação ouvindo algo lento, da mesma forma que não dá pra imaginar uma cena romântica com algo ensurdecedor ao fundo.... kkk Ritmo é tudo. E, claro, café e chocolate são bem vindos, sempre!

CP: Quais seus escritores preferidos? Costuma se inspirar neles para escrever?
KG: Sou fã da escrita da Colleen, acho que já disse kkkk Mas antes dela me inspirei em José de Alencar e sua doçura poética. Arthur Conan Doyle, e seu ritmo lógico, Dan Brown, Frances Mayes, Lisa J. Smith... O drama de Gaston Leroux... hummmm tem mais , muito mais kkkkk

CP: Qual a maior dificuldade para a literatura nacional na atualidade? Como acha que pode melhorar?
KG: Publicidade.
Sinceridade? Há muitas histórias maravilhosas publicadas... mas que ninguém ouviu falar! Os blogs literários se tornaram nossa ferramenta de divulgação, as redes sociais também tem seu papel crucial, mas ainda é triste entrar em uma livraria e ver a estante de nacionais marginalizada lá no fundão. Enquanto não tivermos um lugar de destaque e valorização nas livrarias “nacionais”, será difícil convencer os leitores de que a literatura nacional tem qualidade, e muita qualidade.


CP: Rapidinha. Deixe uma palavra que represente a sentença:
Amor: dois
Família: amor
Paixão: sempre
Esperança: vida
Futuro: montanha
Medo: triste
Coração: feliz

CP: Deixe uma dica para aqueles novos escritores que desejam esta carreira.
KG: Usem a paixão para persistir, sempre.

CP: Momento marketing: Deixe os links do skoob, facebook e o que possuir da série para que nós leitores acompanhemos. Obrigada.



Agradecemos a entrevista e o tempo gasto em responder e desejamos um enorme sucesso em sua carreira, vida pessoal e em todos os projetos que virão.
Mari Scotti


KG: Eu que agradeço Mari : ) Adorei as perguntas!! Sucesso em dobro! BEIJOS BEIJOS


1 comentários :

  1. Amei a entrevista Mari, adorei suas perguntas Ohhh Mas tinha que amar... vc sabe que sou sua fã né?
    kkkkk BEIJO BEIJO e saudade!!!

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