A sétima cela
Trilogia A cela – Livro 1
Autor: Kerry Drewery
Editora
Astral Cultural
Livro recebido em parceria com a
editora
Sinopse: Martha Heneydew é a primeira
adolescente a ser presa e condenada no novo sistema de justiça da Inglaterra. A
polícia a encontrou ao lado do corpo de Jackson Paige, filantropo, milionário e
uma das celebridades mais queridas do país. Nesse novo sistema de justiça, o
condenado tem sete dias, cada dia em uma cela diferente, para ter seu destino
determinado pelos votos dos telespectadores. Se a audiência do programa de TV
Morte é Justiça decidir pela inocência do preso, ele será solto. Caso
contrário, será morto na cadeira elétrica. Porém, algumas peças não se encaixam
na história que Martha conta para a justiça. Ela se declara culpada, mas há
algo por trás da cena do crime que os telespectadores ainda não sabem. Com a
ajuda da consultora psicológica, Eve Stanton, de um juiz do antigo sistema
jurídico, Cícero, e do seu grande amor, os sete dias que precedem sua execução
serão de muita intensidade, sofrimento, descobertas inesperadas e reviravoltas
de perder o fôlego. Quem é, de verdade, Jackson Paige? Martha Heneydew é
realmente culpada? Será que esse sistema jurídico é justo? Nesta distopia
eletrizante, todas essas questões nos fazem refletir sobre o poder do dinheiro
que, muitas vezes, prevalece sobre a justiça. E Martha, uma adolescente forte e
destemida, mostra sua crença em uma sociedade verdadeiramente justa, na força
da amizade e do amor. Mesmo que isso possa significar sua própria vida.
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Resenha ===
Olá!
Começamos
2017 com uma distopia! Um dos gêneros que eu mais amo ler. Confesso que quando
a editora me ofereceu o título eu fiquei curiosa mais por ser uma trama em um
reality show (já que O Cobiçado é um reality show também) do que por ser
distopia.
Quando
o kit chegou, fiquei tão curiosa com a história, que larguei tudo para ler esse
primeiro.
“Eu vou morrer em sete dias
porque é necessário, mas,
depois disso, as bolhas deles
vão estourar
e todo mundo saberá a verdade”.
A sétima cela nos leva a uma realidade diferente da
que conhecemos hoje. A humanidade clamou
tanto por justiça, que agora a tem em suas mãos. Na época em que a história
se passa (no livro não fica claro o ano), a tecnologia não está tão avançada,
mas a mídia e a internet são fundamentais na vida das pessoas.
As
pessoas são separadas por sua condição socioeconômica e quem vive nos “Arranha-Céus”
são considerados os favelados nesta sociedade e tem pouco acesso a recursos
como internet, saúde, televisão.
Mesmo
com tão pouco para se viver, alguns conseguiram não se corromper e mantém-se
honestos, discretos e felizes. O problema é que ser correto e não fazer mal a
outras pessoas, nunca foi garantia de sobrevivência, e os moradores dos
Arranha-Céus, também os sem teto que sobrevivem ao redor, sabem disso, já que
são as maiores vítimas da falta de escrúpulos daqueles que possuem tudo.
Martha Heneydew é uma destas sobreviventes. Ainda
criança tornou-se órfã, depois que sua mãe foi brutalmente assassinada. Oliver,
seu vizinho, foi condenado pelo novo sistema de justiça da Inglaterra, e
considerado culpado. Mesmo muitos sabendo que ele era inocente. Até Martha.
“A partir deste exato
momento, estamos dando início
à transmissão 24 horas por
dia de todas as sete celas!”
O novo sistema de justiça consiste em
prender, julgar e condenar um assassino em sete dias corridos. Tudo sobre o acusado é revelado
durante o programa de TV Morte e Justiça e cabe ao telespectador decidir se ele é inocente ou culpado. Tudo com o
custo de uma ligação. A pessoa pode votar quantas vezes quiser.
A intimidade
do acusado é destrinchada, no entanto, não há defesa, não são colocadas provas
da culpa para que o júri (os telespectadores) possa avaliar e votar
corretamente. O programa mostra o que deseja, manipulando assim a opinião das
pessoas e levando inocentes para a cadeira elétrica.
Martha teve a vida de sua mãe ceifada
por um assassino que continua solto.
Ollie, seu melhor amigo, se foi por culpa do mesmo homem, já que este criou
evidências frágeis para que a culpa não recaísse sobre ele.
Anos
mais tarde, Martha entra em evidencia novamente. Não por ser a vítima, um
familiar que perdeu um ente querido, mas por ser a pessoa de sangue frio que assassinou cruelmente uma das celebridades
mais amadas da Inglaterra: Jackson Paige.
Durante
sete dias sua vida será revelada diante das câmeras. Sua intimidade violada.
Seus direitos humanos retirados, já que esta sociedade acredita que, por ter
tirado uma vida, os assassinos abrem mão de seus direitos. Ou seja, não há
inocentes no corredor da morte, mesmo que a votação ainda não tenha ocorrido.
Eles são tratados como assassinos desde a primeira cela.
Cada
dia o acusado fica em uma cela e elas são numeradas de 1 a 7, sendo a sétima aquela
que possui a cadeira elétrica onde o réu poderá ser eletrocutado ao anoitecer,
após todos terem jantado e se acomodado diante da TV.
O réu
não tem direito a visitas, mas possui o privilégio de conversar com um psicólogo
por uma hora por dia. Se bem que isso pode mudar no próximo livro (terão de ler
para entender haha).
“Três execuções em três dias
certamente vão
deixar as nossas ruas mais
seguras!”
Eu me
envolvi com a história mais para o final, pois a forma que o autor escolheu
narrar, nos deixa em suspense boa parte da leitura, o que gera uma enorme
curiosidade. No entanto, apesar da curiosidade, eu não me senti envolvida
emocionalmente com os personagens, pois presente e passado são apresentados ao
mesmo tempo, o que não gera empatia. Ficamos curiosos, criamos teorias, mas não
torcemos para que Martha seja inocentada ou para que o casal fique junto,
afinal não acompanhamos a conquista, a luta para não serem condenados por serem
de mundos tão distantes. Simplesmente soubemos que eles eram um casal logo nas
primeiras páginas.
O
sistema Olho por Olho é uma excelente amostra do que a humanidade espera hoje em
dia. Um homem foi espancado no metrô de SP até a morte há algumas semanas e
tentaram linchar os culpados. Não pensaram que machucar ou matar o culpado os
faria iguais a ele. Da mesma forma, na trama, o telespectador vê a Justiça como
entretenimento. Matar alguém ao custo de uma ligação. Ele não tem empatia pelo
acusado, não busca por provas, evidências de culpa, motivações para o crime.
Deseja apenas a vingança, a morte de alguém porque este supostamente matou
outro. São todos culpados e condenáveis à cadeira elétrica, mas não enxergam
assim.
Gostei
muito da história, apesar de ainda não me sentir conectada ao casal. O final é
de tirar o fôlego e nos deixa ansiosos para saber o que vai acontecer no
próximo volume. A autora soube inovar, colocando o leitor como um telespectador
do reality show. Apesar do distanciamento emocional, foi interessante ver o
todo pela perspectiva de uma câmera de TV.
Espero
que a Astral lance logo os próximos volumes, pois fiquei bastante curiosa.
Será
que a Justiça voltará a ser como era? As pessoas terão chance de defesa? Ou
ignorarão a verdade para que possam continuar sentindo o poder na palma de suas
mãos?
Você
sabia que uma ligação pode matar? Eles sabiam. E mesmo assim...
Espero
que tenham curtido a resenha!
Beijão,
Nossa, não conhecia o livro e curti muito a premissa da história. Adoro distopias e essa questão da justiça aliada a um quê de "reality show" me deixou realmente curiosa. Acho que deve ser um daqueles livros que fazem a gente refletir bastante durante e depois da leitura. =)
ResponderExcluirUm beijo,
Aline - Livro Lab
Gente! Já tinha ficado curiosa quando voc~e postou a foto do presskit!
ResponderExcluirQueroooo1
Cadê os cupons de desconto quando precisamos deles?
Beijosss