Imperfeitos
Série Imperfeitos – Livro 1
Autor: Cecelia Ahern
Editora Novo Conceito
Sinopse:
Celestine
North vive em uma sociedade que rejeita a imperfeição. Todos aqueles que
praticam algum ato julgado como errado são marcados para sempre, rechaçados da
comunidade, seres não merecedores de compaixão.
Por
isso, Celestine procura viver uma vida perfeita. Ela é um exemplo de filha e de
irmã, é uma aluna excepcional, bem quista por todos do colégio, além do mais,
ela namora Art Crevan, filho da autoridade máxima da cidade, o juiz Crevan.
Em
meio a essa vida perfeita, Celestine se encontra em uma situação incomum, que a
faz tomar uma decisão instintiva. Ela faz uma escolha que pode mudar o futuro
dela e das pessoas a seu redor.
Ela
pode ser presa? Ela pode ser marcada? Ela poderá se tornar, do dia para a noite
Imperfeita?
Nesta distopia deslumbrante, a autora best-seller Cecelia Ahern retrata uma sociedade em que a perfeição é primordial e quem cometer qualquer ato falho será punido. A história de uma jovem que decide tomar uma posição que poderá custar-lhe tudo.
Nesta distopia deslumbrante, a autora best-seller Cecelia Ahern retrata uma sociedade em que a perfeição é primordial e quem cometer qualquer ato falho será punido. A história de uma jovem que decide tomar uma posição que poderá custar-lhe tudo.
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Resenha ===
Imperfeitos é o primeiro livro da série
com o mesmo título e
conta a história de Celestine North, uma garota de dezessete anos, com uma
personalidade diferenciada: ela entende o que é lógico e matemático. E quase
tudo literalmente. Ela vive em uma sociedade onde a perfeição é o atributo principal
para a boa convivência.
"Sou uma menina de definições, de lógica, de preto no branco.
Lembre-se disso."
Lembre-se disso."
A sociedade em Imperfeitos é
extremamente julgadora.
Devido a um passado atormentado por mentiras, políticos que colocaram o país em
uma situação econômica muito crítica (mais do que seria no Brasil hoje em dia),
e pessoas que deveriam ser confiáveis, cometendo erros monumentais, um homem
criou uma forma de colocarem apenas pessoas honestas nos cargos de confiança do
governo. A forma era marcar qualquer pessoa que fosse flagrada cometendo algum
ato considerado impuro.
Diferente
dos criminosos, que eram enviados para a cadeia, os Imperfeitos eram julgados
por suas escolhas e seus pensamentos.
"Para quem toma decisões ruins, é na têmpora.
Para quem mente, na língua.
Para quem trapaceia, na palma da mão direita.
Para quem é desleal com o Tribunal, no peito, sobre o coração.
Para quem não segue as regras da sociedade, na sola do pé direito.
Eles também têm de usar uma braçadeira com a letra I marcada em vermelho o tempo todo, para que sempre sejam identificados pelo público e sirvam de exemplo."
Para quem mente, na língua.
Para quem trapaceia, na palma da mão direita.
Para quem é desleal com o Tribunal, no peito, sobre o coração.
Para quem não segue as regras da sociedade, na sola do pé direito.
Eles também têm de usar uma braçadeira com a letra I marcada em vermelho o tempo todo, para que sempre sejam identificados pelo público e sirvam de exemplo."
Além
de todas as regras do quote acima, eles ainda possuem lugares marcados nos
coletivos e não podem se sentar em acentos dos “perfeitos”, no entanto, os
considerados perfeitos, podem sentar no deles.
Celestine
compreendia e acreditava integralmente no Tribunal e em seu principal juiz, o
Juiz Crevan que é pai de seu namorado, Art Crevan.
Começamos
a conhecer suas crenças no Juiz e sua paixão pelo Art logo nas primeiras
páginas, o que nos leva a imaginar que algo irá acontecer. Algo grave, visto
que a parte boa está no início da trama.
Ela
enxerga Crevan como o pai bondoso, o Juiz honesto, o sogro ideal. Um homem que
se faz de malvado para impor respeito, mas que tem dentro de si a mais bela das
intenções. Ele é o principal responsável por julgar aqueles que são
considerados imperfeitos e a maioria de suas decisões, são transmitidas em rede
nacional, pela emissora onde o pai de Celestine é dono.
“Nunca confie em um homem que senta à cabeceira
de sua mesa, sem ser convidado”.
O avô
dela é um homem que se passaria por louco facilmente. Além de ser contrário
ao Tribunal e enfrentar Crevan como
ninguém tem coragem, ele demonstra abertamente suas convicções, assim como a
irmã de Celestine. Enfrentar Crevan é colocar-se na mira do Juiz e, por isso,
os pais da garota afastam o avô de sua casa, pois o Juiz a frequenta quase o
tempo todo.
O pai
de Celestine é dono da emissora de TV principal da cidade, também responsável por
transmitir os julgamentos e noticiários sobre os imperfeitos. Ele precisa
manter as aparências, aceitar o juiz e sua forma de agir com as pessoas, pois o
teme e isso fica claro durante a leitura.
A mãe
de Celestine é uma mulher como poucas. Ela tem um controle enorme sobre suas
ações, sentimentos, reações e conflitos. Consegue se esconder atrás de uma
máscara de perfeição, mas a filha sabe quando ela está fingindo. São eles, seus
pais, que surpreendem, pois quando Celestine comete o primeiro erro de sua vida,
ao invés de lhe darem as costas, eles a apoiam incondicionalmente. Eu esperava
o oposto!
Apesar
de a garota confiar no Tribunal, ela resolve conflitos usando a lógica e para
ela, um homem de idade, passando mal, com vários lugares para se sentar em um
ônibus, permanecer em pé porque duas folgadas sentaram no lugar dos
Imperfeitos, impedindo-o de se sentar, é desumano, é errado. Ela não pensa que
ajudar um Imperfeito a levaria para a cadeia, ela enxerga apenas um velhinho
que poderia ser o seu avô, quase morrendo diante de um ônibus quase lotado e
pessoas que ignoram esse fato.
Sem
pensar, Celestine age em favor desse senhor, ignorando o enorme “I” que ele
carrega em seu braço e as marcas de suas imperfeições. O que, imediatamente, a
coloca na mira do Tribunal.
“Aquilo que você viu, está visto. Aquilo que você ouviu nunca mais
poderá não ter sido ouvido. Eu sei, lá no fundo, que esta noite aprendi algo
que não pode ser desaprendido. E esta parte do meu mundo que foi alterada nunca
mais será a mesma.”
A
Celestine é como o tordo em Jogos Vorazes. Me desculpem a comparação, mas é a
forma mais forte que consegui para expressar o quanto ela é especial e
importante para a trama. No entanto, diferente da Katniss, essa garota não é
destemida porque aprendeu a ser assim. É sua lógica que a faz agir. É sua
lógica que guia seus pensamentos. E é a lógica que a afunda cada vez mais em
ideais contrários ao que acreditava antes de reconhecer um Imperfeito como
apenas um ser humano.
“Descobri que as pessoas não são cruéis. A maioria não é... Mas as
pessoas têm um forte instinto de autopreservação. Se algo não as afeta
diretamente, elas não se envolvem.”
Nesse
primeiro volume, acompanharemos seu julgamento, as mentiras contatadas por um
Tribunal que deveria ser perfeito e honesto. Acompanharemos a luta de pessoas
que são contra o Tribunal e a forma de colocarem os Imperfeitos como se fosse pessoas
piores que os criminosos que vão para a prisão. Mas, conheceremos também o meu
novo crush literário, o enigmático Carrick Vane. Ele também
está em julgamento e é considerado um Imperfeito Puro (parafraseando), pois é
filho de um casal de imperfeitos. Vou deixar para que conheçam essa
particularidade da trama, lendo, mas confesso que um dos motivos de estar
ansiosa pelo segundo volume, é o mistério que ronda esse personagem.
Já
shippo loucamente Celestine e Carrick!
“Se você comete um erro, aprende com ele. Se nunca comete nenhum
erro, jamais será uma pessoa sábia... Quanto mais erros você comete, mais você
aprende.”
Nós
somos julgados por nossas imperfeições o tempo todo e também julgamos, mesmo
não vivendo em uma sociedade que retalia imperfeições tão abertamente como no
livro. Fiquei pensando qual foi o gatilho para que a Cecelia tivesse a ideia
desta distopia. Será que ela fez algo que alguém julgou errado e a condenou por
isso? Ou a alguém próximo? Porque passamos por isso o tempo todo, todos os
dias.
A
maioria de nós busca aceitação. Se molda aos padrões do mundo. Ao grupo com o
qual andamos. Aos costumes da maioria. Tudo porque não desejamos o olhar torto,
questionamentos, julgamentos e desaprovação.
A
Celestine não vive algo tão diferente. A única diferença é que na sociedade
dela, a imperfeição é exposta para todos através de uma marca em “I”, no
entanto, mesmo sem a marca em “I”, nos sentimos julgados o tempo todo. Esse livro
me fez refletir no quanto julgamos e somos julgados, no quanto deixamos as
pessoas se sentirem inferiores por nossos olhares reprovadores e demonstrações
publicas de repúdio. Me fez pensar o quanto tenho que melhorar.
Esse
livro se tornou meu queridinho do ano!
Falando
do livro: capa, diagramação e afins.
Meu
livro merecia um “I” de imperfeito, porque veio com falha de impressão. Não tem
aquele “I” na capa! Mesmo assim, eu amei e vou guarda-lo na pilha dos
favoritos!
A
diagramação é simples. A revisão está impecável e eu li muito rápido, pois a
história flui e prende na medida ideal!
P.S.:
coloquei bijuterias na imagem porque a Celestine é vaidosa no início da trama.
Espero
que vocês leiam e comentem comigo o que acharam.
Beijocas,
Post válido para o TOP comentarista
aquele momento que você se arrepende de não ter comprado o livro na black friday!
ResponderExcluir:'(
(tonta)
Ahhhhh esse livro parece ser gostosinho e bem meu estilo de leitura!
Vou comprar assim que sobrar tempo ($) hehe
Obrigada pela dica!
Beijosss
Oi, Mari. Eu não sou muito fã de distopias, mas estamos falando da Cecelia, então eu sempre tento dar uma chance aos livros dela.
ResponderExcluirSimplesmente amei!
Beijo, Leitora Encantada
Participe do Sorteio de Natal
Oi Mari, esse livro parece ser realmente uma grata surpresa, eu não sabia que Cecilia já tinha escrito uma distopia e fiquei positivamente surpresa com o que dele na resenha e quero muito ter a oportunidade de ler também ;)
ResponderExcluirP.S: "criou uma forma de colocarem apenas pessoas honestas nos cargos de confiança do governo" Acho que já precisamos dessa parte haha
Olá.
ResponderExcluirCreio que nunca li nada da autora, mas a premissa desse livro me deixou bem curiosa!
Gosto desse gênero e o enredo parece cativante. Espero poder conferir!
Resenha muito bem escrita, como sempre.
Beijos.
Muito bom saber que esse livro é ótimo.
ResponderExcluirNão li nenhum livro da Cecilia ainda, apesar de ter 3 dela aqui na estante.
Estou vendo muitos comentários positivos a respeito de Imperfeitos, assim como o seu, e isso está me deixando bem interessada, confesso.
Parece ser uma leitura super delicinha, que consegue prender o leitor.
Já vou colocar na minha listinha e espero poder ler em breve.
Beijos,
Caroline Garcia
Oi Mari!
ResponderExcluirVc não sabe imagina meu desespero para ter e ler esse livro!
Amo a Cecelia e só de pensar que minha diva escreveu uma distopia já piro total! rsrsrsrs
Adorei sua resenha, só fiquei ainda mais curiosa com o enredo e com os personagens! Parabéns!
Bjo bjo^^
Olá,este livro é a prova de que um autor pode mudar completamente a sua escrita e criar algo inovador. Cecelia Ahern migrou do romance contemporâneo para o mundo distópico com tamanha mestria que só posso parabenizá-la por sua mente brilhante. Beijos.
ResponderExcluirUau! Eu conhecia a Cecilia por conta do livro "Como Se Apaixonar", que li esse ano e gostei bastante. Não sabia sobre esse livro, e fiquei super curiosa e animada. Me parece ser uma história super bem elaborada, com temas que precisam ser discutidos: corrupção e discriminação. Amo livros assim. E a Celestine tem tudo pra ser uma personagem que vou gostar muito!
ResponderExcluirCom certeza vou pesquisar mais, entrou pra minha lista de super desejados! Obrigada pela dica. Beijos
Oi!
ResponderExcluirAinda não li nada da Cecelia Ahern, mas também fiquei bem curiosa para saber a historia por trás desse livro, com certeza essa é uma historia que nos faz refletir muito, o que me deixou ainda mais interessada nesse livro. Estou bem curiosa para descobrir mais sobre essa sociedade, principalmente a família de Celestine que parecem ser bem interessantes, assim como o Carrick e gostei bastante da Celestine, principalmente como ela usa a logico diante daquela sociedade !!
Por este título do livro jamais imaginei que a história se tratava de uma sociedade que rejeita a imperfeição, achei que se tratava de algum outro tipo de história, mas achei super diferente e fiquei bem curiosa, sem dúvidas pretendo ler Imperfeitos, já adicionei em minha lista de leituras.
ResponderExcluirGosto muito dos livros dessa autora e achei a temática desse bem interessante. Pelos quotes dá pra ver que tem muita coisa legal na trama e isso é o melhor da autora, o fato dela conseguir trazer uns questionamentos legais nas histórias e muita coisa que dá pra você refletir quando acaba de ler. Deixa uma mensagem. Esse parece estar repleto de coisas do tipo e claro que acho que iria adorar ler ^^
ResponderExcluireu só estou lendo elogios sobre essa série, eu nunca li nada da autora, mas sou meio parcial em relação a distopias e por causa disso essa série está na minha lista de leituras
ResponderExcluiragora pela sinopse me faz lembrar muito a sinopse da séries Feios (esqueci o nome do autor)
e com essa resenha ela foi para o topo!
ah única coisa chata é: vão ser quantos livros?
Nossa!
ResponderExcluirEm todo lugar falam bem desse livro.
Era para eu ter comprado tbm!
Droga! Quero muito ler agora!
Parece ser uma distopia muito boa!
Que livro interessante, e mesmo sendo um livro voltado para um público jovem nos faz refletir. Afinal, lendo livros assim é que percebemos o quanto julgamos e somos julgados na sociedade. Isso é uma coisa muito interessante de ler. Falando da história, amei saber as características da Celestine, uma protagonista que usa a lógica acima de tudo. Acho que ela irá receber o "I" nos outros livros. Falando nisso, porque uma distopia não pode terminar em um único volume??? Mesmo assim, essa será a minha próxima leitura. Boa dica.
ResponderExcluirBeijos
Oi Mari...
ResponderExcluirNão sabia que imperfeitos se tratava de uma série... Adoro distopias e confesso que fiquei muito curiosa para ler esse livro... Saber que Celestine é 'uma menina de definições, de lógica, de preto no branco', me deixou ainda com mais 'sede' de ler esse livro, pois acho que tenho um pouco dessa personalidade e do raciocínio lógico e matemático... E somos realmente julgados por nossas imperfeições (seja na nossa visão ou na dos outros)... Confesso que também fiquei me perguntando de onde Cecelia tirou a ideia para escrever essa obra que parece estar incrível... Com certeza vou ler em breve...
Beijinhos...
Eitaaaa, que livro bombástico!!
ResponderExcluirGosto muito de distopias, to viciada nelas kkkk e essa parece ser sensacional!
Bem bolada, diferente e original, esses julgamentos todos trazem muitos questionamentos e da tanta abertura tanto pro bem quanto pro mal, que já to ansiosa pensando nas tretas que devem rolar no livro kkkk
Me lembrou outro da Cecelia, A Lista, que também fala desses julgamentos mal fundamentados e tal.
bjss