[Resenha] O mais desejado dos Highlanders






Resultado de imagem para o mais desejado dos highlanders


O mais desejado dos Highlanders
Autor: Maya Banks
Editora Universo dos Livros
Onde comprar: Saraiva
Sinopse: Genevieve McInnis está presa no castelo McHugh, no cativeiro de um líder cruel que tem grande prazer em mantê-la distante de qualquer outro homem. Mas, quando Bowen Montgomery invade os portões em uma missão de guerra, Genevieve redescobre a vontade de viver. A sensualidade robusta de Bowen atiça nela uma sensação profunda que anseia por ser prolongada mediante carícias pacientes e gentis. Algo quente, louco e tentador. Bowen toma conta do castelo de seu inimigo, despreparado para a misteriosa e reclusa mulher que captura seu coração. Ele está encantado com sua determinação feroz, sua beleza incomum e sua força silenciosa e infalível. Contudo, para cortejá-la, será necessário mais do que a habilidade de um sedutor experiente. Ele descobre que amar Genevieve significa devolver a liberdade que lhe foi roubada, mesmo isso que signifique perdê-la para sempre.


=== Resenha ===




  

Hoje viemos com mais uma resenha dupla para vocês, desta vez por escrito e não vídeo como fizemos na primeira (confira aqui).
Para quem nunca leu uma resenha dupla, vamos explicar: a Andrea do Blog Fundo Falso e eu, a Mari do Blog Coração de Papel nos unimos para ler o livro e contar a experiência para vocês.
Os comentários escritos em preto são da Andrea e os em vermelho são os meus. Esperamos que se divirtam conosco!



O mais desejado dos Highlanders é o segundo volume da série Montgomery e Armstrong escrita pela Maya Banks. Eu amei o primeiro livro, Seduzida por um guerreiro escocês (resenha aqui), e por isso não consegui resistir a iniciar a leitura. A autora consegue uma agilidade na narrativa impressionante nessa série!

Bowen Montgomery é o irmão do Laird do clã Montgomery que é o protagonista no primeiro livro. É o segundo filho, e, junto com a família Armstrong, invadiu a fortaleza dos McHugh. Não vou contar o motivo, pois se você não leu o primeiro livro, isso seria spoiler, mas eu sugiro que leia, porque fará mais sentido na história do segundo volume, apesar de ser com protagonistas diferentes.
A trama continua do ponto onde a anterior parou e Bowen é o responsável em colocar os McHugh na linha, vingar o que fizeram contra a sua cunhada e tomar todas as decisões sobre as terras e o futuro dos inocentes que vivem por lá. Isso até Graeme retornar, pois precisou ir até as terras dos Armstrong.
A princípio a intenção de Bowen é matar Patrick McHugh, pai de Ian, responsável por todo o sofrimento de sua cunhada, mas, ao invés de encontrar a Fortaleza pronta para defender suas terras, se depara com uma criança brandindo uma bandeira branca e outras penduradas nas torres mais altas, indicando que desejavam paz. Irritado por enviarem uma criança para defende-los, Bowen e seus companheiros avançam propriedade adentro e é quando ele e Genevieve se esbarram pela segunda vez.

Genevieve McInnis tem uma aparição pequena no primeiro livro, e praticamente sem importância. Porém aqui vamos descobrir que na verdade, ela foi peça fundamental no final do primeiro enredo. Ela é uma mulher marcada, literalmente, pela maldade de um clã. Era a única filha dos McInnis, era feliz, estava prestes a se casar com um bom homem e viu tudo ruir quando Ian McHugh matou toda a sua comitiva, fez sua família acreditar que ela também morreu e a aprisionou no castelo de seu clã. O horror, a maldade e a desonra se tornaram suas melhores amigas no ano em que viveu em cativeiro, sob o domínio de seu sequestrador.
Apesar de - spoiler e não vou contar - a trama que se emenda com o final do primeiro, antecede em um ano esse primeiro livro. Portanto, vamos conhecer ainda mais da maldade de Ian.
Presa no castelo, Genevieve foi mantida como prisioneira e prostituta de seu laird. Como se não bastasse o estupro constante e a humilhação de ser estuprada até mesmo pelos comparsas de Ian, ele marcou seu belo rosto com uma faca, deixando uma enorme e horrível cicatriz, para que assim, nunca mais nenhum homem sentisse desejo por ela.

Bom, ambientando para quem não conhece a série, a trama se passa por meados de 1700 (deduzimos isso pelo período retratado mesmo), na época medieval na Escócia. Portanto é um romance de época um pouco diferente dos que estamos acostumados. Laird seria algo como um Duque, pois a divisão das terras eram feitas através das batalhas entre clãs.

Toda a trama se resume na forma como ela é tratada pelo clã McHugh, pois a chamam de meretriz e ninguém se importa com o fato dela ser, na verdade, uma vítima de sequestro lutando por sua liberdade. Bowen consegue enxergar além da cicatriz ou do que o clã inimigo fala dela, e é a “luz no fim do túnel” que ela procurava.

O legal é que a Maya voltou a usar uma personagem "deficiente". No primeiro livro, a protagonista possuía deficiência auditiva, aqui nossa personagem é desfigurada em metade do rosto e sua única amiga, é manca (ainda não temos detalhes, e acredito que saberemos nos próximos livros). Eu adoro esse tipo de inclusão, onde a perfeição está além da aparência física. Onde a primeira impressão é uma, mas o personagem cresce em espirito ao longo da trama. Além de trazer veracidade, é uma bela lição. Eu também amo personagens que fogem do estereotipo, só não sei se apostaria em tantas protagonistas “deficientes”, pois não é tão comum uma mesma família ter tantas uniões com noras ou genros com alguma necessidade especial ou deficiência. Se bem que a cicatriz não seria uma deficiência, mas uma deformidade, então funcionou bem para a segunda protagonista. Gosto da ideia de não serem mulheres exuberantes, que encantam à primeira vista. Elas conquistam por serem fortes, firmes, decididas e independentes porque sabem se defender à sua própria maneira.
Eu e a Andrea acreditamos que a amiga manca será a próxima protagonista, por isso meu comentário no parágrafo acima.

Uma coisa que adorei: temos apenas duas cenas hots no livro (eu já queria que tivessem mais, porque a Maya é excelente em construir esse tipo de cena). A autora segurou o romance até seu ápice, conduziu o leitor à paixão antes de qualquer envolvimento profundo e físico. E foi importante essa construção, principalmente pelo trauma que a Genevieve viveu no ano anterior. Não ficaria verossímil uma mulher ser violentada por meses e meses e aceitar ser tocada com facilidade só porque um homem bom apareceu no clã dos McHugh. As cenas são suaves e românticas, dando ainda mais sentimento ao livro. Outro ponto legal é a falta de constrangimento pela sua nudez em diversas cenas, já que foi tratada como meretriz, e viveu em condições não melhores que um animal. Ela acredita ter perdido a dignidade e age de forma a transparecer esse sentimento para o leitor.
Porém, Genevieve foi estuprada por um ano. A história dela é pesada e muito traumática. Isso me fez pensar no quanto poderia ser difícil se entregar a um homem, já que ela era virgem antes do rapto. Aqui vocês podem perceber que eu discordei da Andrea ne?! Se bem que concordo com ela, acho que deveria ter sido mais difícil aceitar o toque do Bowen, mesmo havendo tanto sentimento entre eles. Enfim, pessoas são diferentes, e a época muito distante da nossa, talvez na mente da protagonista o amor pelo seu salvador tenha compensado todo o trauma. Ou ela se agarrou à ideia de que os Montgomery seriam a sua salvação com tanto afinco, que não se sentiu ameaçada ou perturbada quando um deles se aproximou com intenções sensuais.

Como todo bom romance de época, temos um clichê final, mas para os mais exigentes, eu garanto que o ritmo da narrativa e a alma que a autora coloca na obra, é o suficiente para convencer até mesmo os pequenos pontos de incoerência e vícios de escrita que leitores mais atentos podem pegar. Vale super a pena!

Encerro com a mesma opinião. Amei a leitura, apesar dos vícios de linguagem (mesmo apelido utilizado por vários personagens) e certas coisas que ocorreram mais para o final que ficaram com uma explicação precária. Acho que a autora se empolgou no desenrolar dos acontecimentos e quis um final mais satisfatório para o casal. Eu fiquei feliz por eles, muito feliz e quero que todo mundo leia para comentar com a gente o final (ou do clichê final hahahaha).
Não vejo a hora de ler um livro com um dos homens Armstrong como protagonista. Eles parecem ser mais difíceis de ver o “todo” e aceitar com facilidade que a mulher pode ser mais que uma carregadora de filhos, costureira, cozinheira, organizadora de lares e aliviadora de desejos masculinos. Gosto de “homens das cavernas” engolindo seus egos e amadurecendo ao longo da trama. Tanto Bowen como o Graeme se mostraram bem à frente do tempo e tenho fé que um Armstrong será mais marrento nesse aspecto. 

Espero que tenham gostado da nossa resenha dupla e ficado com uma enorme vontade de ler a série!

Essa resenha foi postada também no Blog Fundo Falso.

Beijos,



 Participe do TOP comentarista.







12 comentários :

  1. Oi Mari!

    Eu li essa resenha no blog da Andréa e, apesar da capa não ter me chamado tanto a atenção, gostei muito do enredo.
    Espero ter a oportunidade de lê-lo e gostar tanto quanto vcs!

    Bjo bjo^^

    ResponderExcluir
  2. Oi Mary!
    Nunca tinha lido uma resenha dupla, e adorei ver duas opiniões ver mesmo tempo. Não me interessei muito pelo livro pelo clichê do final, mas o enredo da história parece muito bom.
    Beijos

    ResponderExcluir
  3. Olá!
    Adorei a resenha dupla, ficou ótima! Parabéns!
    Gostei do enredo da série e fiquei bem curiosa para saber mais desses personagens.
    Gosto desse estilo de leitura! Espero ter a oportunidade de ler em breve.
    Não conheço a escrita da autora, mas por tudo que foi mencionado, acho que é bem cativante. Obrigada.
    Beijos.

    ResponderExcluir
  4. Adoro livros de época, mas prefiro os livros realmente escritos na época em que se apresentam. Gosto dos romances mais puros e não cheios de sensualidade...

    ResponderExcluir
  5. Oi, Mari e Andréa!
    Achei bem interessante essa resenha em dupla, ainda mais por vocês não concordarem em tudo. Eu concordei mais com a Andréa porque prefiro quando a autora explora mais o romance e menos as cenas quentes, entre outras coisas.

    ResponderExcluir
  6. Oi Mari e Andréa!
    Mari, deixa a Andréa falar, ta tudo em vermelho aí Mari! UAHUSAHSUAHS brincadeirinha
    Eu não li o primeiro livro ainda e to comentando isso com sono, então confesso que fiquei um pouquinho perdida no andar da carruagem mas peguei o principal kkk
    Achei interessante essa coisa das personagens deficientes, não só é uma inclusão como sai um pouco das moças lindas e maravilhosas, mas concordo que muitas numa familia só tem coisa errada nesse gene.
    E quanto ela ceder muito cedo ao cara bonzinho, não posso falar pela situação porque nunca fui estuprada (graças a Deus) e não sei o que se passa na cabeça de uma mulher, mas ser violentada durante 1 ano é muito tempo, acho que demoraria muito mais pra aceitar o toque de alguém, mesmo amando.
    Vocês me deixaram curiosa e agora quero ler esses livros!

    ResponderExcluir
  7. Eu não conhecia o livro, mas adorei a resenha, principalmente pelas duas visões! rs
    Nossa, mas a Genevieve sofreu muitooooo, que horror!!!
    Não sei nem se eu teria coragem de ler, pois me sinto mal, demoro pra ler livros com temas tão pesados, como raptos e demais abusos.
    Mas fiquei interessada, ainda mais por ser de época, deu pra ver que é bem arquitetado e apaixonante. E as protagonistas não serem "perfeitas" fisicamente é algo muito importante, pois da mais naturalidade à trama.
    bjss

    ResponderExcluir
  8. Oi!
    Li o primeiro livro dessa serie que me conquistou e quero muito ler esse também, gostei muito da historia e achei bem interessante os temas que a autora trata e principalmente de não temos mocinhas tão perfeitas mas que conquista do mesmo jeito, fiquei bem curiosa para saber mais sobre a Genevieve e esse livro está na minha lista de leitura !!

    ResponderExcluir

Deixe seu comentário! Ele me deixa muito feliz!