[Resenha] Desejo Insaciável

Livro recebido em parceria com a editora

Desejo insaciável

Autor: Kresley Cole

Série Imortais – livro 1

Editora Valentina

Skoob

Sinopse: A lenda de um feroz lobisomem e uma encantadora vampira – improváveis almas gêmeas cuja paixão testará os limites da vida e da morte.

Um incansável guerreiro mítico. Nada o deterá até que possua a...

Depois de suportar anos a fio torturas constantes comandadas pela Horda dos vampiros, Lachlain MacRieve, líder do clã dos Lykae, fica enfurecido ao descobrir que sua parceira, há tanto tempo profetizada e pela qual espera há mais de um milênio, é uma vampira, assim como seus captores. Na verdade, Emmaline Troy é metade Valquíria, metade vampira. Jovem delicada e etérea que, com seu jeito todo especial de ser, é a única que pode suavizar a fúria que incendeia o faminto Lykae.

Uma vampira prisioneira de sua fantasia mais selvagem...

A doce Emmaline decide sair pelo mundo em busca da verdade sobre seus pais desaparecidos. Em Paris, um poderoso espécime Lykae a encontra, determina que ela será a sua parceira por toda a eternidade e a leva para o castelo escocês dos seus ancestrais. Lá, o pavor que Emmaline sente do Lykae – e da sua insaciável fome de prazer – faz com que ele inicie um lento e envolvente jogo de sedução e ela liberte suas mais sombrias fantasias.

Onde comprar: Saraiva

=== Resenha ===

Um lobisomem trancafiado por cento e cinquenta anos. Sendo queimado vivo e se regenerando constantemente.

Uma híbrida de vampiro com Valquírias... que é medrosa, nunca teve intimidade com o sexo oposto e jamais bebeu sangue diretamente de um ser humano. Tímida. Rica. Imortal.

A ideia do livro me pareceu muito interessante, mas, assim que li o Prólogo, a história perdeu totalmente a magia para mim.

“Mas, desta vez, está sentindo o cheiro dela, da sua parceira, da mulher que nasceu com o único propósito de ser dele”.

Ah que romântico! Não tenho mais nada para ser na vida se não pertencer a um lobisomem lunático, que só pensa em sexo e nem me respeita! Super adorei a ideia! (SQN!).

Vou explicar melhor.

Lachlain MacRieve é o líder do clã dos Lykae (lobisomens) e foi trancafiado por vampiros no subterrâneo de Paris. No prólogo somos apresentados à sua tormenta, pois ele queima até ficar só nos ossos e se regenera, pois é imortal. Só descobre uma forma de escapar quando sente o cheiro de Emmaline, na superfície. Ele se machuca todo para sair das correntes e perde até parte de uma das pernas, mas só consegue pensar em “estar dentro dela”.

“Precisa dela. Tem de se enterrar dentro dela. Esperou tanto por aquele momento...”

Não sou fã de romances eróticos apenas para serem eróticos. Gosto de uma trama bem desenvolvida, com motivos reais para que o sexo aconteça em uma cena. Um personagem antiquado (meio homem das cavernas), totalmente desprovido de seu controle mental, pois no início da trama ele luta contra seus instintos primitivos, na minha opinião, estaria preocupado com a perna que ele perdeu no processo de se libertar, com a fome por não se alimentar por mais de cento e cinquenta anos, com sua higiene (caramba, o cara se urinou e outras coisas, afinal, estava preso!!), com um lugar para se abrigar... mas, não, ele pensa em se “enterrar dentro dela”.

O livro perdeu todo o encanto pra mim logo aí.

Mas, como sou insistente, continuei a leitura e, infelizmente, não funcionou bem pra mim.

Emmaline Troy é metade Valquíria, metade vampira. E é uma molenga. Sério. Eu crio personagens molengas, então sei reconhecer um. Ela foge de tudo, tem medo de sentir dor, medo de abrir a boca porque ela não pode mentir (ela não pode mentir ou fica doente). Não sabe se defender e, pelo visto, nem gritar, porque aprendeu desde muito jovem, que não pode pedir ajuda a humanos.

Entendo que se ela não fosse assim, metade da história não aconteceria, mas, por ela saber suas origens, ter sido treinada (ela e suas tias falam de seu treinamento algumas vezes), eu esperaria uma personagem um pouco mais madura. Ela tem setenta anos de idade, afinal de contas.

A história não gira em torno apenas do lobisomem que encontrou sua alma-gêmea e não sabe agir como gente perto dela (ou tentando fazer ela dormir com ele antes da lua cheia). Existe uma guerra se iniciando entre os clãs. A cada 500 anos essa guerra acontece, pois, um portal se abre e quem perder menos, é quem ganha a guerra e os espólios de guerra. Ou seja, se tornam os mais mais de todo o submundo.

As Valquírias são as mais fracas e venceram apenas uma vez, o que não significa que irão cair sem lutar.

Seu maior inimigo são os vampiros, aliás, senti que os vampiros são os inimigos da maioria dos clãs, pois os lobisomens defendem as Valquírias em algumas cenas e eu curti bastante a surpresa delas em terem aliados nestes momentos.

Mas, infelizmente, a história volta para o casal... eu preferia que se mantivesse em toda a parte sobrenatural e da guerra.

Lachlain obriga a Emma a levá-lo para o seu país de origem, a Escócia, e ela aceita sem brigar. O problema é que em nenhum momento o líder dos Lykaes fala que a sequestrou ou que ela é obrigada a fazer o que ele mandou. A Emma simplesmente deduz, demonstra medo e obedece.

A Emma não sabe quem é seu pai vampiro e ela foi parar em Paris em busca de seu passado. A descoberta de seu passado – lá para a frente da história – me deixou um pouco feliz, porque ela amadureceu, redescobriu seu brio, seus poderes, demonstrou a raça que carrega no sangue. E o final me deixou nervosa, porque não é fácil escolher entre o sangue e o amor.

Fiquei com a sensação de que faltou algo, como se estivesse lendo o livro 2 de uma série e não o primeiro. Descobri que há um livro antes, uma espécie de prequel que a autora lançou.

A trama tinha tudo para conquistar, arrebatar os leitores, ser ovacionada, pena que não deu muito certo pra mim, espero que funcione para vocês. 

Gente, li muitas resenhas que as blogueiras amaram o livro, então não fiquem apenas com a minha opinião. Busquem outras resenhas, baixem pela Amazon a amostra do livro ou no Issu, e descubram se gostariam ou não da história.

Obrigada pelo carinho.

Beijo,