[Primeiras Impressões] As grandes aventuras de Daniella

Primeiras impressões: 

As grandes aventuras de Danielle

Olá meus amores!

Às vezes eu olho um livro no face e ele tanto me chama atenção como me deixa com um pé atrás, então eu apenas observo. Observo o autor, os leitores, a repercussão sobre o título, sua sinopse e detalhes que fogem do olhar comum. É nesse momento que ou desejo o ardentemente ou esqueço que o livro existe.

Com As grandes aventuras de Danielle foi assim. Motivo que me fez desejar? A Luene não exalta o fato de escrever um tema que virou modinha: Plus Size. Ela se divulga com carinho, com atenção aos seus leitores, com capricho, sem invadir a vida dos outros e sem denegrir quem não pensa igual. Essa postura me conquistou e então o livro ganhou cor aos meus olhos e essa capa incrível terminou por conquistar toda a minha devoção.

Tia Mari, por que você contou isso pra gente?

Porque, infelizmente, quando eu era mais gordinha as pessoas me menosprezavam, tiravam sarro das minhas dificuldades de locomoção, não compreendiam algumas atitudes e sempre botavam o dedo na minha cara quando eu decidia comer um chocolate, por exemplo, ou tomar coca-cola (meu vício!). Por minha saúde e para terminar de vencer uma depressão, eu optei por fazer a cirurgia bariátrica e a felicidade que sinto agora é tão imensa que não consigo disfarçar. E as pessoas se incomodam. Mais de uma me procurou para exaltar-se por se aceitar gordinha e me condenar por ter preferido emagrecer.

Eu sinceramente acreditava que essa parte mudaria na minha vida. Que não haveriam mais pessoas apontando o dedo sobre o que eu escolho comer ou fazer ou sobre meu peso. Observando as postagens sobre a Daniella e conversando com a autora, percebi que a protagonista não é apenas uma pessoa gorda que sofre bullying, mas alguém necessitado de se aceitar.

Então, comprei meu exemplar na pré-venda e manifestei meu desejo de participar das primeiras impressões do livro.

Que tema melhor do que superação para instigar um leitor?

Bora conhecer o que achei:

Prólogo

Lembro-me de ter pensado: “Essa sou eu”, na época em que li os primeiros rascunhos desse livro postados no wattpad. Essa sou eu chorando no chuveiro. Essa sou eu odiando cada minuto da minha vida. Essa sou eu precisando de mudanças!

E eu acho que muitas pessoas se sentirão assim ao ler as primeiras linhas do prólogo. A parte em que a Daniella está chorando no chuveiro.

“Então, quer ouvir minha história? Tem certeza de que quer continuar? Já digo que não será o que você está esperando. Não será o conto de fadas com príncipes encantados e carruagens. Sério, alguém ainda acredita nisso?”

Honestamente Daniella, eu acredito! Não no sentido literal dos contos de fadas, mas em um futuro, no mínimo, esperançoso e romântico, por favor! haha.

E no prólogo, somos convidados, pela protagonista a conhecermos sua história, desde o princípio.

Capítulo 1

Dani está mudando de emprego. Tem um namorado chamado Thiago (eu não esperava por um namorado no início da trama e já estou criando teorias de conspiração!) e muita saudade no coração, pois suas duas melhores amigas ficarão no emprego que ela está deixando para trás.

Thiago parece um príncipe encantado e a aceita como é, ao menos ela acredita nisso e enquanto ela acreditar, nós leitores acreditaremos, ne?!

“Eu só conseguia pensar: ‘finalmente encontrei o príncipe encantando... não é?’”

Não sou fã de livros onde o protagonista dialoga com o leitor e a Luenne utiliza essa manobra na narrativa, então posso dizer que encontrei algo que me incomodou um pouquinho. No entanto, não senti vontade de jogar o livro na lixeira do PC como sempre tenho ao me deparar com esse tipo de narração. O bom de o livro continuar aberto no meu computador? É que a história prende, oras!

Descobrimos, no decorrer da narrativa, que a Daniella vai trabalhar com o príncipe, ops, o Thiago! Eu já começo a aumentar as minhas teorias de desastre a partir dessa informação. Vocês não?

“Além disso, sempre que comem alguma coisa perto de mim, todos me ignoram ou lançam “aqueles olhares”, achando que vou obrigá-los a me dar um pedaço. Ah, fala sério, né? Não é porque tenho um peso maior do que as pessoas que me rodeiam que pretendo comer tudo que vejo. É tão... Humilhante. Será que as pessoas ao menos se tocam do que fazem?”

Acho que vou lotar isso aqui de quotes!! Já passei por isso e ainda passo, mesmo 45 kg menor hahaha. Eu juro que estou tentando me concentrar apenas no livro, mas é impossível não pensarmos em nossas vidas reais com uma protagonista tão real! Ela até é desastrada e desengonçada na medida certa.

Capítulo 2

Já contei que a história se passa no Brasil, na cidade de Florianópolis? Eu AMO histórias que acontecem em nosso país. Não desmerecendo autoras nacionais que se aventuram no estrangeiro, mas acho muito importante aproveitarmos a nossa cultura, as nossas pessoas, e as nossas paisagens em nossas tramas! É a forma que possuímos de levar ao mundo o que temos por aqui. Eu sou maluca para conhecer Florianópolis e posso conhecer através da Daniella. Isso é bem legal!

O escritório onde a Daniella vai trabalhar ocupa dois andares de um prédio empresarial e logo no primeiro dia, ela perde a bolsa no elevador, quase cai na frente dos sócios do namorado, se desentende com duas mulheres de empresas dos andares acima e é flagrada girando na cadeira do escritório do Thiago, por um dos sócios.

Vitor Alves chamou a minha atenção. Mas ainda não descobri o motivo disso. Acredito que quando meu exemplar chegar, vou compreender esse “sexto sentido” melhor. Mas, queria deixar vocês com essa “pulga atrás da orelha” porque sou malvada :P.

A Dani é bastante depreciativa consigo mesma, e isso dá mais realidade a ela também. A maioria das pessoas que não se aceitam, se depreciam de alguma forma, mesmo que não percebam.

Ela e Thiago parecem não viver em um mar de rosas, afinal.

Capítulo 3

O capítulo envolve ciúme e, bem, para alguém que se acha feia, o ciúme é terrivelmente compreensivo. Porém, não entendi o seguinte:

“Ah, não. Ela não fez. Ela não fez. Ela. Não. Chamou. Meu. Namorado. Pelo. Primeiro. Nome.”

No Brasil não é costume usar o sobrenome, todos se chamam pelo primeiro nome, inclusive em empresas, então... Daniella, acho que você anda lendo muitos livros estrangeiros!

A Dani finalmente descobriu seu papel no novo emprego, ela é a secretária do Thiago (ou do andar?) e, no seu segundo dia de trabalho, começou a fazer alguma coisa de útil. O problema é que a Dani é meio perturbada. Um dos motivos que não acho legal trabalhar com parentes, amigos, familiares, é que nos sentimos tão a vontade, que esquecemos de ser profissionais. Ela está esquecendo disso, preocupada apenas com a tal Fernanda de quem sente ciúme.

O pior e que, apesar disso, ela torna tudo engraçado! É meio que uma Bridget Jones. Divertida naturalmente.

Então, depois da blusa suada com o sutiã de BOLINHAS VERMELHAS aparecendo na transparência, eu to louca para saber o que essa mulher vai aprontar e para saber se ela e o Thiago vão engatar alguma coisa ou terminar logo.

E ai, curtiram? Eu curti muito e, quando receber meu exemplar, venho falar mais do livro para vocês *-*.

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Sucesso Luene!

Beijão,

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