[Resenha] A Menina da Neve

A Menina da Neve

Autor: Eowyn Ivey

Editora Novo Conceito

Nota: 3/5

Sinopse:

Alasca, 1920: um lugar especialmente difícil para os recém-chegados Jack e Mabel. Sem filhos, eles estão se afastando cada vez mais um do outro. Em um dos raros momentos juntos, durante a primeira nevasca da temporada, eles constroem uma criança feita de neve. Na manhã seguinte, a criança de neve some. Dias depois, eles avistam uma criança loira correndo por entre as árvores. Uma menina que parece não ser de verdade, acompanhada de uma raposa vermelha e que, de alguma formam consegue sobreviver sozinha no frio e rigoroso inverno do Alasca. Enquanto Jack e Mabel se esforçam para entender esta criança que parece saída das páginas de um conto de fadas, eles começam a amá-la como se fosse sua própria filha. No entanto, nesse lugar bonito e sombrio, as coisas raramente são como aparentam, e o que eles aprenderão sobre essa misteriosa menina irá transformar a vida de todos.

 

Oi, pessoal. Tudo bem? Hoje trago para vocês a resenha do livro A Menina da Neve, da autora Eowyn Ivey, recebido em parceria com a Editora Novo Conceito.

== Resenha ==

O livro conta a história de Jack e Mabel, um casal que após duras perdas resolveu distanciar-se de sua vida e ir viver no Alasca, em busca de novas oportunidades e dias mais prósperos.

Mabel cuida, basicamente, dos serviços domésticos. Mas é uma mulher de força (adorei ela), que sabe bem o que faz e muitas vezes consegue ser dona de si. Tem muito talento para desenhos e é uma leitora nata, por influência de sua família. Ah, ia esquecendo, Mabel faz tortas para vender em um bar da cidade.

Jack é o típico caçador, que tenta sempre proteger sua mulher (detesto isso zZZzZzZ) e a priva de certas coisas, tipo ajudar ele no trabalho. Mimimi bobo, gente. Deixa a mulher trabalhar onde ela quiser, rapaz! Mas ok, contexto social da época era assim, então dá pra relevar. Voltando...

Devido ser inverno e as geadas começarem a ser frequentes, Jack percebe que será uma época difícil para seguir com seus trabalhos, então se vê entre a cruz e a espada.

De uma hora para outra a vida de Mabel complica, e seu principal meio de sustento vem por água abaixo, quando os serviços de suas tortas são cancelados. E ela também se vê entre a cruz e a espada.

Daí num belo dia, após esses acontecimentos frustrantes, começa a nevar e eles vão para fora de casa e começam a fazer guerra de neve (bem fofinho, gente! Hahaha) e logo o clima entre ambos melhora, e eis que resolvem fazer um boneco de neve - bem coisa de inverno, mesmo. 

"- Espere - disse ela. - Vamos fazer um boneco de neve.

- O quê?

- Um boneco de neve. É perfeito. Neve perfeita para um boneco de neve."

No dia seguinte, o boneco some e uma garota misteriosa surge vestida com as roupas do boneco, a garota esbanja lindos cabelos loiros quase brancos e belos olhos azuis. É diferente de tudo o que Jack e Mabel já viram por ali... E é a partir daí que toda a magia do livro começa a acontecer.

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Algumas coisas me incomodaram um pouco no decorrer da leitura, mas não foram nada que me causasse vontade de largar o livro longe ou jogá-lo pela janela (leiam até o final, teve uma coisa que me fez querer jogar o livro pela janela, sim, hahaha). Um dos incômodos foi a revisão, alguns errinhos aqui e ali, uma frase que devia estar no passado (pois o livro inteiro é contado no passado), mas estava no presente. E as cenas de diálogo entre a garotinha e o casal, pois foram colocadas em parágrafos diferentes e sem hífen ou, no mínimo, em itálico, soando assim como parte da narração, e não um diálogo.

Sabe, houve outra coisa que me incomodou mais do que o que citei acima, foi o grande número de morte de animais. Ok: inverno -> necessidade... Mas foram mortes tão levianas, sem sentido algum, que só estavam ali por estar, sem necessidade ou profundidade. Não sei se este incômodo deve-se ao fato de eu não comer carne ou eu que estou sendo chato mesmo, mas que incomodou, incomodou. E ser sincero é o que há.

“Ela pegou a coisinha em suas mãos e apertou o peito contra o tronco da árvore até que o animal perdesse a vida.”

Sinceramente...

O livro foi me prender mesmo lá pelo final, faltando 60-70 páginas para acabar. Caramba, quando foi chegando no fim, comecei a sentir um friozão no estômago, confesso!

O projeto gráfico é excelente, desde a capa até a diagramação. Preciso parabenizar a Editora Novo Conceito, pois ficou a coisa mais linda desse mundo. 

 

Bom, este não é um livro que vou recomendar para aqueles que me pedirem indicação, pois várias outras obras me deram um feeling bem melhor que esse. Mas espero que vocês leiam e compartilhem suas opiniões comigo.

É isso!