[Resenha] A Ilha dos Dissidentes

 
 
 
A Ilha dos Dissidentes
Autor: Bárbara Morais
Editora: Gutenberg
Sinopse: SER LEVADA PARA uma cidade especial não estava nos planos de Sybil. Tudo o que ela mais queria era sair de Kali, zona paupérrima da guerra entre a União e o Império do Sol, e não precisar entrar para o exército. Mas ela nunca imaginou que pudesse ser um dos anômalos, um grupo especial de pessoas com mutações genéticas que os fazia ter habilidades sobre-humanas inacreditáveis. Como única sobrevivente de um naufrágio, ela agora irá se juntar a uma família adotiva na maior cidade de mutantes do continente e precisará se adaptar a uma nova realidade. E logo aprenderá que ser diferente pode ser ainda mais difícil que viver em um mundo em guerra.
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Nota: 4
 
=== Resenha ===
 
Há um pouco mais de um mês a Lívia Lorena, escritora e dona de uma revista online, me pediu para entrevistar algum escritor nacional de distopias. O único que eu conhecia era o Renan Carvalho, mas eu já sabia muito sobre ele, os livros, projetos e queria algo novo tanto para a revista como para o nosso blog. Resolvi tentar a sorte e enviei um e-mail para a Bárbara Moraes perguntando se aceitaria ser entrevistada para a revista e para o Blog. Para a minha felicidade ela não só aceitou como foi uma das entrevistas mais incríveis que eu já li!
Depois de conhecer um pouco mais dela através de suas respostas, não aguentei a curiosidade, larguei todos os livros de parceria e comecei a ler A ilha dos Dissidentes. Quando percebi, estava terminando “A ameaça invisível” de tão bons que os livros são!

A entrevista irá ao ar assim que for liberada e todos entenderão o motivo da Bárbara ter se tornado a minha terceira escritora nacional favorita! Como sabem, a primeira é a Denise Flaibam, a segunda a Keila Gon e a terceira é a Barbara (que passou na frente da Carina Rissi, só pra constar haha).
Mas vamos conhecer um pouco da história, que tal?
 
A ilha dos dissidentes é narrada por Sybil Varuna, uma garota de dezesseis anos que conseguiu sair de Kali, uma das cidades mais afetadas pela guerra entre a União e o Império. O navio que a transportava – Titanic III (bendito nome!) –, afundou e ela foi a única sobrevivente, o que fez o governo descobrir que ela é uma das anômalas da sociedade e enviá-la para morar em Pandora, uma das cidades especiais.

Logo de cara somos apresentados ao universo criado pela Bárbara, um mundo que para Sybil era triste e feio, pois convivia diariamente com a guerra, mas que de repente se torna praticamente perfeito quando conhece sua nova família e cidade.
Desde o cheiro até a comida, Pandora a encanta pouco a pouco, até que Kali fica praticamente esquecida, exceto às noites quando convive com seus terríveis pesadelos, que envolvem desde a guerra até o naufrágio em que não pôde fazer nada para salvar as pessoas que não possuíam uma habilidade especial como ela.
Até o naufrágio, Sybil acreditava que era normal como todos os humanos, mas não se assustou ao descobrir que possuía uma anomalia. No entanto, ela é uma exceção à regra, pois a maioria dos humanos vê os anômalos como seres doentes, que precisam ficar isolados em suas cidades especiais e evitam o contato próximo. Muitas lojas – dependendo das cidades – nem aceitam a presença de não-humanos em suas dependências. É uma realidade racista e cada um convive à sua maneira.
Eu fiquei confusa sobre a diferença entre os Dissidentes, os Anômalos e a União, mesmo tendo lido os dois volumes da série, mas acredito que foi por ter lido com ansiedade, sem me atentar aos detalhes.
O que compreendi é que há uma guerra e que os Anômalos são a arma de guerra de um dos lados e são usados realmente como armas descartáveis, sem qualquer consciência daqueles que enviam crianças para travar suas lutas.
Sybil vai morar com uma família, que não é bem uma família com pai, mãe e irmãos, mas pessoas que se uniram por serem anômalos e se tornaram amigos. Eu super torço para que os “pais” dela virem um casal, fica aqui a minha súplica senhorita Bárbara!
Conhecemos também um grupo de amigos que se unem depois de conhecerem Sybil:
Leon que é um dos caras mais calmos que eu já vi. Ele é cego e sua habilidade anômala intensifica seus outros sentidos, o que é como se ele enxergasse melhor que qualquer pessoa. Ele consegue saber de tudo, mesmo sem ver. Ele é negro, alto e guarda um segredo sobre uma das aulas mais misteriosas na escola especial onde Sybil ingressa.
A melhor amiga da Sybil é uma tagarela e me incomodou bastante na história, talvez por isso eu não consiga me recordar do nome dela haha.
Ava é uma garota grande e forte, pois sua habilidade é a força. Ela odeia ser anômala e isso fica evidente em muitas de suas atitudes. No entanto, ela é leal e pode se colocar em perigo para salvar a quem ama.
Andrei é o meu queridinho. Logo que a Sybil o conheceu fiquei imaginando se seria correto pensar nele como par para ela, principalmente porque a habilidade deles é muito semelhante. Posso dizer que o romance não é o foco, nem mesmo no segundo livro, mas não deixa a desejar. E não vou contar se é par com a Sybil ou se é com o Leon. Ou até a Ava!
Sendo uma distopia foi muito bem desenvolvida essa amizade entre estes amigos e o toque romântico foi sutil como o gênero pede.
 
Nas primeiras 150 páginas eu estava começando a pensar que tinha me enganado ao passar o livro na frente de todos os outros de parceria, mas então, para a minha grata surpresa, do nada a história da um BUM e não foi possível desgrudar os olhos das linhas até terminar (depois fiquei morrendo pra ler o 2, a minha sorte é que eu já tinha ele no kindle!).
A narrativa é simples e sem frescura, como seria se uma garota de dezesseis anos, amadurecida pela vida difícil que teve em Kali, narraria, o que torna a leitura viciante e fácil. Ela se foca o necessário nos pensamentos da Sybil e nos cenários, mas nada que nos faça querer pular direto para os diálogos. E algo que eu adorei, não dá pra tentar adivinhar o que vai acontecer a seguir, porque, nada é o que se espera.
 
Os anômalos lembram bastante as habilidades dos X-Men e o fato da humanidade saber que pessoas como eles existem, deixam o livro ainda mais instigante. E o poder da Sybil é super legal, e a forma que ela descobre do que é capaz é bem tensa e foi muito bem desenvolvida pela Bárbara.
 
Eu amei a trama e ainda bem que já li o livro 2! Agora é esperar desesperadamente pelo 3 que eu vou comprar na Bienal e tentar arranjar o autografo!
Aliás, a resenha do 2 sairá assim que eu conseguir colocar os neurônios para funcionar e escrever algo sem spoilers!
 
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Não se esqueçam que está rolando a Semana Guardião durante todo o mês de agosto e participem do sorteio.
 
Beijos,
 


1 comentários :

  1. Muito boa a sua resenha, eu quero muito ler a ilha dos dissidentes, parece ser um livro muto bom, mas antes eu quero ter já a sequencia assim eu posso ler um atras do outro, a editora a poucos dias atras revelou a capa do terceiro livro

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