[RESENHA] Fascínio Egípcio

 
 
Fascínio Egípcio
Autor: Luciane Vieira Z
Editora: Modo
Páginas: 350

Sinopse:

No cenário do Antigo Egito, as vidas do príncipe herdeiro e da filha do sacerdote do deus Amon se cruzam, seus pais disputam poder na cidade mais importante do Egito. Ele criado para governar o país, ela retirada pela mãe de uma vida de conforto e luxo é criada escondida em uma vida de muitas dificuldades. A vida de Zeq é marcada pela crença popular que ele é filho de um deus e a vida de Naia é marcada pela descrença desde que a mãe mentiu ao dizer que seu pai estava morto, mas sua mãe na eminência da morte faz uma revelação, seu pai está vivo e lhe entrega uma prova disso. Preocupada com o estado da mãe e sem recursos ela comete um ato desesperado e furta alguns alimentos, na fuga é presa por um guarda do Faraó e levada ao calabouço. O que o futuro Faraó do Egito não imaginava é que ficaria fascinado pela beleza e personalidade da jovem. Naia tem o curso de sua vida drasticamente alterado, pois não sabe se odeia ou ama Zeq e terá que decidir se vive esse amor conturbado e assume a responsabilidade de se tornar a Princesa do Egito! Enquanto ela luta para definir seus sentimentos, tem que enfrentar traumas do passado, desconfianças e inimigos que tentam a todo custo atrapalhar seu relacionamento com Zeq.
Onde achar: Loja Editora Modo
 
=== Resenha ===
 
Por culpa de uma certa Michelline Soares, comecei a me interessar por livros que nunca chamaram a minha atenção. Fascínio Egípcio era um destes. Não que eu achasse que o livro era ruim, apenas a capa e o título que me remetiam a histórias bíblicas e eu fujo de livros que possam possuir algum aspecto religioso.
Sou evangélica, eu sei, deveria gostar de literatura religiosa, mas eu leio para espairecer e não quando preciso estudar. Estudar é uma coisa, ler por prazer é outra! Hahaha.
A bíblia não conta, só para esclarecer, eu leio por prazer, por amor, por acreditar em Deus!
Mas, voltando à resenha... eu achava que seria um livro ao estilo a novela 10 mandamentos. Só que a tal da Michelline, nora de várias escritoras nacionais, só falava do tal Tio Rui – ainda não sei o que ela viu nesse crápula – e eu, não consegui resistir por muito tempo. Até que vi a capa do livro 2 que sairá em breve e precisei dar vazão à minha curiosidade.
O livro chegou semana passada, passei à frente de vários de parceria – desculpa ai Novo Conceito – e comecei a ler na terça-feira. Só não terminei antes porque fui obrigada a dormir!
 
Fascínio Egípcio nos apresenta o cenário do Egito antigo, onde Faraós eram vistos como deuses na Terra. Zeq é filho de Hor, o atual faraó e vive em Tebas junto de seu pai. É cercado por soldados e seu melhor amigo, Armais, é o chefe da guarda. No início eles passam a sensação de serem mais velhos e fiquei abismada quando descobri que Zeq tinha apenas 19 anos!
Ele é lindo! De pele bronzeada, forte devido ao treinamento e as guerras que enfrenta junto com seu exército. Tem olhos verdes e é super temperamental e infantil.




Acostumado a dar ordens por ser o príncipe do Egito, logo se vê contrariado e fascinado ao conhecer Naia, uma garota que não o obedece e ainda o afronta diante de seus súditos.
Naia nos é apresentada em um cenário de extrema pobreza, ao contrário da vida que Zeq tem no palácio. Ela e Zeq se conhecem depois que esta rouba frutas para ter o que dar de comer à mãe doente e Armais pede sua intervenção, pois ela pode ser filha de um importante sacerdote. A partir dai tudo muda na vida destas duas pessoas.
Naia é tempestuosa, teimosa, irresponsável, inconsequente, não acredita em deuses e ainda por cima descobre que é filha do sacerdote do deus Amós.
Não sei como resumir o livro sem soltar spoilers, porque acontece muita coisa ainda nas primeiras vinte páginas, então vou avisar: a partir daqui pode conter spoilers, prometo que não serão cruciais, mas se não gosta, pule para o paragrafo final! Hahaha.
Depois da morte da mãe de Naia, ela se vê em uma viagem para a terra onde seu pai vive, sendo escoltada por Zeq, o príncipe e Armais, seu melhor amigo. Além de vários homens da guarda pessoal do príncipe. Zeq demonstra já estar terrivelmente encantado por ela, mas toma atitudes difíceis de compreensão. A narrativa conturbada não deixa o leitor entender se ele é maluco ou bocó mesmo.
 
 



“Mas quando percebeu na viagem que ela não gostava dele, sentiu medo que se apaixonasse por outro homem e tomou a decisão de arrebata-la para si. (...) Ela seria sua”. Página 68

 
Não passa muito tempo e o príncipe consegue convencer todo mundo de que ele violentou Naia, que ela está grávida e que devem se casar, pois para o povo fanático pelo deus Amós, seria uma afronta se descobrissem que o filho do deus – o faraó era considerado o próprio deus na Terra – desonrou a filha de seu sacerdote.
Assim, sem alternativa e em dúvidas sobre o que sente, Naia aceita o casamento.
Eu achei que a partir daí o romance perderia o meu gosto, mas a Luciane foi malvada e aproveitou bastante a idade jovem do casal para inserir na trama tantos desencontros e desentendimentos, que me vi ávida pela leitura para descobrir logo o momento que eles se entenderiam. E aquele final... argh que eu mato a autora!
O Faraó Hor é um homem fascinante, diferente do filho, é amoroso, centrado e justo. Ele ama Armais como se fosse um filho e tem grande desavença com seu irmão Rui, pois este tem ganas de lhe tirar do trono.
 
Vamos falar de tio Rui...
O cara é sem noção. Um sujeito que não compreendi na história e espero conhecer melhor na sequência. Ele não mede esforços para conquistar seus objetivos e neles está incluído ter Naia para si. Tem uma cena que da a entender que em espirito ele possuiu Naia e fez um filho nela... mas depois dá a entender que foi um sonho da Naia. Espero que isso seja esclarecido também, se ele tem mesmo o dom de sair do corpo em espirito e visitar as pessoas em sonho.
O Rui... sério Michelline que você gosta dele? É um cara que não fede nem cheira... sem noção, sem escrúpulos, sem contexto. As atitudes dele não são bem exploradas, o que deixa bastante dúvida no ar. Não dos seus motivos, mas se aconteceram mesmo ou não.
 
Voltando para o Faraó Hor... Ele é um dos personagens que mais gostei depois da Naia. Parece que lê as pessoas e é o único que consegue dar algum juízo ao filho.
As cenas das estratégias de guerra me deixaram louca! Me vi enxergando de cima, como se fosse um mapa, o deslocamento dos exércitos e a batalha. A Luciane não se ateve muito à guerra em si, mas sim a estratégia de combate. Achei interessante essa escolha, o que deixou a leitura mais arrastada, mas para mim foi como pesquisa de campo! Adoro essa coisa de estratégias.
 
Minhas únicas ressalvas são com a revisão que está péssima! A editora Modo é reconhecida por seu excelente trabalho e fiquei chocada ao ler tantos erros de revisão e também de diagramação. A narrativa também é confusa – isso até nos acostumarmos à forma que a Luciane escolheu de contar essa história – e por ser no Egito antigo, achei a linguagem atual demais. Até gírias encontrei na narração. Esperava uma preocupação maior com a época em que a história se passa. Achei a trama corrida e várias cenas que poderiam ter sido melhor aproveitadas, ficaram para trás com o troca-troca de personagem narrador. Me incomodou bastante isso, mas depois que peguei o ritmo e a diagramação ficou melhorzinha – com espaçamento entre parágrafos quando trocava de narrador – nem vi o tempo passar, só queria terminar logo o livro para saber se o Zeq e a Naia criariam algum juízo.
Não vou comentar sobre o final porque se não eu mato alguém!
Um minuto de silêncio pelo final...
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Quero o livro 2 pra ontem!!
 
Mas, resumindo... eu adorei o romance Fascínio Egípcio e estou louca para ter em mãos o livro 2!!
 E quero morte àquele Rui! 
 
Biografia da autora:
Luciane Vieira Z nasceu em São Paulo. Sempre gostou de ler quando estava no terceiro ano da escola houve um concurso de redação na escola, a professora ensinou como era a estrutura dos versos e poemas em seguida mandou os alunos criarem, Luciane tirou o segundo lugar da escola com o poema o jardim da flor e o jardim do amor a partir desta iniciativa da escola passou também a escrever poemas e versos. Em 1991 iniciou a faculdade de direito, trabalhou na área pública até 2000, quando saiu pensou em realizar algum trabalho provisório em que lhe permitisse conciliar sua vontade de escrever, encontrou na pesquisa de mercado os meios que ansiava. O que ela não supunha era que a pesquisa lhe proporcionasse conhecer a história de vida de milhares de pessoas, conversando todos os dias com pessoas de cultos, classes sociais e dificuldades totalmente antagônicas do Oiapoque ao Chuí a riqueza de informações trazidas pelos relatos das pessoas fazia sua mente fervilhar de ideias, mas colocar no papel um romance tornou-se uma dificuldade, que foi vencida anos mais tarde quando leu uma história egípcia, fascinada com o Antigo Egito leu vários livros a respeito fez uma pesquisa minuciosa o que deu origem ao livro Fascínio Egípcio.
 
 
Beijos pessoal! Espero que também deem uma chance à leitura.
 
 
 
 
 


1 comentários :

  1. Oi Mariiiiiii. Amei a análise que você fez do livro. Fico feliz que você tenha gostado da história. Fascínio Egípcio II será públicado ainda este ano e espero que ao ler você desista de me matar, rsrsrs.
    Beijos

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