Se me pedissem pra definir este
livro em apenas uma palavra, eu diria: INTENSO. Gente! Que livro é
esse? É de tirar o sono de tanta intensidade!
Claro que me apaixonei pela capa
logo de cara. Aquele buraquinho cortado, o papel de parede (nem notei as
manchas de sangue nele – é sério!). Encantada, fui ler a sinopse. Pronto! Ele
me ganhou de vez.
Ratos conta a história de
Shelley, uma adolescente de 15 anos e sua mãe. Duas pessoas que sofreram a
maior parte de suas vidas. Duas pessoas que não conseguem reagir diante de
determinadas situações. Duas pessoas que baixam a cabeça para tudo e para
todos, por isso se auto-intitulam Ratos.
Um divórcio, uma nova madrasta, a
escola, patrões que abusam de sua generosidade, suas amigas de infância que
viraram inimigas, o bullying, o atentado... Qual seria a reação de um rato
diante de todos estes problemas? Se esconder? Foi o que fizeram.
A nova casa ficava tão afastada
da civilização, perfeita para ratos se esconderem. E assim seguiram suas
vidinhas pacatas. Iniciaram uma nova vida. Uma vida perfeita com todo amor que
a elas foi negado. Com muita música (Shelley toca flauta e a mãe piano), filmes
(elas adoram George Clooney), livros maravilhosos, boa comida, vinho. Shelley
estuda em casa e a mãe trabalha fora. E todos os dias quando ela volta do
serviço, inicia-se um ritual com muitas perguntas (elas costumam dizer os
pontos altos e baixos de seus dias), muita risada, música e George Clooney. Era
a vida perfeita. Desta forma Shelley quase não se lembrava do atentado que
quase a levou a morte, no colégio e que deixaram cicatrizes profundas, no corpo
e na alma.
Mas toda essa vidinha de contos
de fadas está com os dias contados. Na madrugada de seu aniversário de
dezesseis anos, um estranho invade o ninho dos ratos. E a partir daí, nada mais
vai ser como era antes.
Esse livro é simplesmente
arrebatador. Não gosto de dar notas, pois não sou crítica literária, mas se
tivesse que dar, com toda certeza seria nota máxima. Apesar de não ser muito fã
deste gênero, confesso que passarei a olhá-lo com outros olhos.
Em determinado momento, a leitura
estava tão intensa, que pensei em abandonar o livro de tanto medo. Parecia que
eu estava lá, participando de toda a história. Mas não consegui. Eu tinha que
descobrir até onde isso tudo iria levar as duas. Cheguei a perder o sono. E o
final então? Surpreendente!!!!!
Recomendo a todos, até mesmo para
quem (assim como eu) não curte muito o gênero suspense. Vocês não irão se
arrepender.
P.S.: A música cigana que tocava no celular do estranho que
invadiu a toca dos ratos é The
Gypsy Wedding - Gypsy King - É de arrepiar!
Livro: Ratos
Autor: Gordon
Reece
Páginas: 240
Editora: Intrínseca
Book
Trailer: aqui
Sinopse:
Shelley e a mãe foram maltratadas a vida inteira. Elas têm consciência
disso, mas não sabem reagir — são como ratos, estão sempre entocadas e
coagidas. Shelley, vítima de um longo período de bullying que culminou em um
violento atentado, não frequenta a escola. Esteve perto da morte, e as
cicatrizes em seu rosto a lembram disso. Ainda se refazendo do ataque e se
recuperando do humilhante divórcio dos pais, ela e a mãe vivem refugiadas em um
chalé afastado da cidade. Confiantes de que o pesadelo acabou elas enfim se
sentem confortáveis, entre livros, instrumentos musicais e canecas de chocolate
quente junto à lareira. Mas, na noite em que Shelley completa dezesseis anos,
um estranho invade a tranquilidade das duas e um sentimento é despertado na
menina. Os acontecimentos que se seguem instauram o caos em tudo o que pensam e
sentem em relação a elas mesmas e ao mundo que sempre as castigou. Até mesmo os
ratos têm um limite.
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