Perdida –
Livro 1
Autor:
Carina Rissi
Editora
Verus
Sinopse:
Sofia vive em
uma metrópole, está habituada com a modernidade e as facilidades que isto lhe proporciona. Ela é independente e tem pavor a menção da palavra
casamento. Os únicos romances em sua vida são os que os livros lhe
proporcionam. Mas tudo isso muda depois que ela se vê em uma complicada
condição. Após comprar um novo aparelho celular, algo misterioso acontece e
Sofia descobre que está perdida no século XIX, sem ter ideia de como ou se
voltará. Ela é acolhida pela família Clarke, enquanto tenta desesperadamente
encontrar um meio de voltar para casa. Com a ajuda de prestativo Ian, Sofia
embarca numa procura as cegas e acaba encontrando algumas pistas que talvez
possam leva-la de volta para casa. O que ela não sabia era que seu coração
tinha outros planos...
===
Resenha ===
Vou
começar contando um mico que eu passei na Bienal ao conhecer a Carina Rissi.
Estava quietinha no estande da editora Novo Século, morrendo de vergonha de
abordar as pessoas para falar do meu livro, quando duas leitoras minhas me
chamaram desesperadas do lado de fora – desculpe meninas, eu me lembro do rosto
de vocês, mas não do nome, sou igualzinha a Sofia no quesito guardar nomes! – As
atendi, nos abraçamos, conversamos, surtamos e então uma moça se aproximou da
gente para localizar o estande da editora dela. As meninas pareciam intimas e
eu pensando: Será que é a Eleonor e eu
não estou reconhecendo? (Porque ambas são loiras). Por fim, perguntei: A senhora é a Eleonor, de Cisne? Ela me
olhou incrédula e disse: Não, sou a
Carina.
Fui
educada e em pouco tempo estávamos a caminho do estande da Modo, sem ela. Na
Modo é que eu fui entender o meu mico mundial! Eu esbarrei com Carina Rissi na
BIENAL e não sabia quem ela era. É muito mico para uma pessoa só! Concordam? Rsrsrs.
Adquiri
o livro na última Black Friday a um
preço absurdamente baixo e demorei a ler, porque estava com uma ressaca brava,
nem o livro da minha escritora favorita, a Denise Flaibam, me prendeu nesse
último mês. Quem teve ressaca literária sabe o quão angustiante é. Ontem,
depois de me irritar por carregar peso na mochila por duas semanas sem ler, me
obriguei a começar Perdida. Chorei de rir logo nas primeiras páginas e a Sofia
me curou, literalmente, da ressaca. Não é mágico?
Quote da
Sofia tentando usar uma máquina de datilografia:
“– Joana, onde fica o delete?
Ela ergueu as sobrancelhas e abriu ligeiramente a boca.
– Como? – Perguntou como se eu estivesse falando em japonês.
– Não tem delete. Eu errei um número e não tô encontrando a tecla
delete em lugar algum.
O escritório todo explodiu em uma gargalhada estrondosa, me deixando
com vontade de me enterrar debaixo da papelada à minha frente”.
Estudei
Secretariado no colegial e uma das aulas era de datilografia. Me senti no colégio
de novo, com a professora obrigando alunos que já eram viciados em computador a
datilografar! Isso em 1997! A Sofia contando que só viu uma dessas em um museu,
me fez sentir ainda mais velha por saber usar uma! Mas foi divertido demais.
Vamos
ao resumo:
Aviso: Pode conter spoilers leves.
Sofia
é uma garota moderna, com vinte e quatro anos de idade. Possui um trabalho –
com um chefe mala como a maioria de nós –, uma melhor amiga chamada Nina,
celular, notebook e tudo o que ela precisa para ser feliz no século XXI. Não
vive sem o celular, microondas e o computador, porém depois de sair e exagerar
um pouco na bebida, derruba seu celular na privada do barzinho e decide comprar
um novo ao invés de tentar resgatar o velho.
É
nesse ponto que a história começa a perder o sentido, ao menos para a nossa
protagonista. No dia seguinte, ela decide procurar uma loja para adquirir seu
novo aparelho e é atendida por uma senhora um pouco estranha, mas que a
convence que o último modelo ultramoderno da loja é o que ela precisa. Sem
testar o aparelho ou olhar ele direito, Sofia o adquire a preço de banana ou
melhor, de uma caneta bic. Quem leu
o livro, entenderá o trocadilho rs.
Afobada
como a maioria de nós quando compramos algo novo, ela liga o aparelho na rua
mesmo, enquanto anda na direção de seu apartamento, mas tropeça em uma pedra e pluft... acorda no mesmo lugar, porém um
pouco diferente, pois não há prédios, nem carros ou buzinas e nem poluição! Está
no século XIX!
Preciso me mudar para lá!
Ian
Clarke é um rapaz de vinte e um anos, mas tão adulto e responsável quanto um homem
amadurecido deve ser. Tem o jeito educado e masculino que eu amo em histórias
de época. Aquele olhar inocente, mas possessivo de quem sabe o que quer e a que
veio, olhar este que não enxergamos nas pessoas reais hoje em dia. Seus olhos, sua
postura e a rouquidão certeira em sua voz, são tão expressivos que li como se o
enxergasse em minha frente e pudesse ouvi-lo, mesmo sendo impossível por estar
apenas no papel. É um jovem dedicado à irmã Elisa, pois perderam os pais muito
cedo.
Ele virou meu novo Senhor Darcy!
Vivem
em uma casa vitoriana, no meio do nada, em uma paisagem bucólica, linda, com
cavalos e carruagens de passeio. Tão surreal para Sofia que conhece a mesma
paisagem dois séculos seguintes, onde tudo é cinza e cercado por prédios.
Ela
é encontrada por Ian onde caiu do século XXI e fica obvio nas vestimentas
deles, que são de épocas diferentes, mas isso é tão surreal que nenhum deles pensa
nesta possibilidade, apenas depois de um contato da senhora estranha através do celular estranho, é que a Sofia acredita que não
está sonhando com seu livro favorito da Jane Austen depois de bater muito forte
a cabeça.
Ela
precisa voltar para casa, mas como voltar se não sabe como chegou ali?
Fim
dos possíveis spoilers. Tem pouca informação, prometo.
Tem
muito mais na história e a forma como a Carina retrata o amor em Perdida, é tão
verdadeiro, que eu desejei que realmente fosse real.
Não
vou contar mais para não estragar a leitura de vocês, mas a Carina se tornou
minha segunda escritora preferida no mundo e Perdida meu segundo livro
preferido no mundo. Todos sabem que amo Warthia e o Jarek, mas desculpa Jarek,
vai ter que aceitar o Ian Clarke dividindo meu coração com você! E depois o
Armand de Rubi de Sangue... já estou avisando!
Quando
li a sinopse de Perdida e o comecinho, pensei logo que se tratava de um clichê e
que não teria surpresas na leitura, pois deduzi que muitos acontecimentos
seriam esperados devido a premissa prometida na sinopse, mas confesso com
orgulho que, apesar de esperar certos acontecimentos, me vi rindo horrores com
a Sofia tentando se ajeitar no século XIX, se vestir como as damas desta época
ou usar o banheiro da época. Chorei mais ainda com o amor dos dois, a dor deles
e me angustiei tanto, que não consegui largar o livro, terminando hoje de
manhã, só porque precisei dormir ontem à noite e interromper a história no pior
momento, à uma da manhã.
A
Carina me surpreendeu, pois há muito tempo eu não ria em publico lendo um
livro! Ou chorava em publico lendo o mesmo
livro!
Ontem
no metrô uma garota me cutucou e perguntou que livro eu estava lendo, porque
estava rindo tanto que ela queria ler. A instiguei tanto, que ela anotou o nome
do livro e meu face, prometendo me contar como foi a leitura para ela. E
desculpe novamente, mas não lembro o nome dela!
Perdida
tem uma leitura fácil e deliciosa e como falei antes, consegui absorver tanto
as imagens e sons, que quase sentia a presença do senhor Clarke enquanto lia. A
voz rouca quando ele encarava a Sofia com olhos escuros pigmentados de
prateado, foi a descrição mais magnifica de um homem expressivo que eu já li!
Deu até frio na barriga.
Todos
os personagens me conquistaram e é difícil eu ler um livro sem desejar pular as
cenas onde meus personagens prediletos não estão. A Elisa e a Theodora são incríveis!
A dona Madalena, o mordomo careca e até o médico me fizeram sentir que eram
pessoas reais, possíveis de conhecer um dia. Se eu não estivesse na época
errada, claro.
O
cavalo Storm é um caso à parte. Desde a pintura no quadro eu imaginei o que ele
significava para a história, mas a protagonista era meio lerda – o que não me
importei nem um pouco – e demorou a captar. É um indomado! Lindo! Negro! Tão
expressivo quanto seu dono. Amei de verdade!
A
nota da autora no final do livro me deixou com um sorriso no rosto, pois eu nem
havia notado que não tinham escravos nas propriedades do senhor Clarke, mas ela
teve o cuidado de explicar o motivo da história não ser tão fiel à época. Achei
perfeita a explicação e concordo plenamente. Quer entender? Leia o livro! haha
Agora
estou ansiosa pelo livro dois! Gostaria muito de saber quando será publicado,
se a Carina já terminou de escrevê-lo, se teremos mais cenas engraçadas com o
casal... Quero saber tudo o que vocês souberem, então SEM SPOILER, contem nos
comentários! Obrigada.
Aos
que ainda não conhecem a Carina Rissi e seus livros, contarei uma novidade: Os
dois livros publicados pela autora tiveram seus direitos de filmagem comprados.
Ela está trabalhando nos roteiros para começarem as filmagens! Estou ansiosa
para conhecer quem fará o papel do Ian e da Sofia! Imagino o Ian como o Bruno
Gagliasso e a Sofia eu não sei ainda, precisaria conhecer uma atriz engraçada,
não muito adulta e descabelada! Quando eu pensar em alguém, comento com vocês.
Obrigada
pela visita e voltem sempre!
Beijos,
Mari Scotti
Oii :)
ResponderExcluirEu estou mega curiosa para ler esse livro, gente já vi tantas resenhas que amei a história!
Imagina a gente se transportar para uma época antiga, sem celular, sem computador, sem blog? *O* morrendo em 3, 2....
Amei o seu jeito de escrever, é leve e divertido, me deixando mais e mais curiosa para ler o livro :)
Beijos,
http://meuuniversox.blogspot.com
Nil, paguei um micão e esse não foi o único. Essa foi a bienal dos micos! UAHUAAUHA.
ResponderExcluirAmei Perdida seriamente! E já estou enlouquecendo para comprar Procura-se um marido, pois prevejo boas risadas também. Acho que precisava de uma leitura boa assim para curar minha ressaca.
Obrigada pelo carinho de ler e comentar a resenha! Volte sempre que quiser.
Beijo, Mari
Barbara, acho que eu sofreria semc omputador também e não conseguiria usar o banheiro dessa epoca! UAHAUHA Mas se tivesse um Ian para melhorar as coisas, ahhhhh eu iria numaaa boa!
ResponderExcluirObrigada pelo elogio, isso é espelho de como o livro me deixou bem!
Leia e depois me conte o que achou!
Beijoooooooooooooooo
:a Mari amor, confesso pra você que também achei que o Perdida seri mais um clichê igual a todos os outros...
ResponderExcluirMas me enganei e uma leitura ótima que prende a gente do inicio ao fim neh...
Espero que ela lance o 2º livro logo, e que o filme também lance logo.
PS: acho que o filme não vai ser brasileiro não, por que você falou do Bruno, espero que não seja. rsrs.
Oi, adorei a resenha!
ResponderExcluirJá li o livro da Carina e me diverti muito também..
A caneta bic faz muito sucesso kkk..
Preciso do Perdida 2! E quero conhecer logo o livro da Alicia..
Bjs! :-)
Perdida <3 Amo de paixão esse livro, é um dos meus xodós.
ResponderExcluirBeijos!
http://poucosutil.blogspot.com.br/
Eu também preciso de Perdida 2!! Obrigada pela visita Fabricio e Lyli! <3
ResponderExcluirAmeo a resenha Lyli!! *-*
beijo