Cores de Outono – Livro 1
Autor:
Keila Gon
Editora
Novo Século
Sinopse:
O
inesperado, o impossível, o destino... Quem ama escolhe seus caminhos, vence o
medo, ultrapassa a razão, duela com a dúvida entre o certo e o fácil para
seguir seu coração. Melissa encontrou em um olhar as revelações de toda uma
vida e longe da lógica escolheu o caminho confuso, mas surpreendente do amor.
Ela chegou à pequena cidade da montanha com a responsabilidade de cuidar de
Alice, sua irmã caçula, esperando uma vida simples. Mas se viu envolvida por
Vincent, um estranho arrogante, dono de irresistíveis olhos turquesa que vai
levá-la através da sombra e da luz para revelar surpresas inimagináveis de um
Mundo Mágico perigoso e fascinante. A cada encontro este homem misterioso
amedronta e encanta; desperta sentimentos e a faz duvidar de sua coragem. Mas,
antes que Melissa seja arrebatada por esse amor, ela precisa enfrentar elfos,
magos e intrigas em um mundo inóspito que testará seu coração. Cores, de outono
é o primeiro volume de uma saga mágica que vai instigar emoções e paixões.
=== Resenha
===
Eu
gosto sempre de contar como tive o primeiro contato com a obra e o autor.
Conheci a Keila pela internet e confesso que não me recordo bem como foi a
nossa aproximação, mas logo trocamos nossos livros, pois é uma prática comum
entre os novos autores. Na época – ano passado –, recebi muitos livros e acabei
demorando a começar a leitura.
Em
dezembro tivemos um evento na livraria Martins Fontes pelo grupo Trilhando
Páginas ao qual eu e a Keila pertencemos e enquanto ela contava a história para
os presentes, me vi rapidamente fascinada pelo Vincent, um dos personagens
principais. Sempre vi o livro dela como um romance e foi um dos motivos que
demorei tanto a começar a ler, pois gosto de romances, mas precisa ter uma
pitada de sobrenatural para me prender.
Neste
evento é que fiquei sabendo que havia magia na história dela e fui fisgada! Eu
não sou fã de ler sinopse, vou literalmente pela capa do livro e gênero, por
isso eu não sabia que era fantasia.
Comecei
a leitura em 15/01 e terminei em 16/01. Vinha de uma maré ruim na leitura, quem
leu a resenha de Perdida sabe que estava de ressaca e essa ressaca era uma
constante chata, me impedindo de ler. Perdida
me resgatou e Cores de Outono coroou
o meu retorno! Estou muito feliz de voltar a ler e com obras tão magnificas!
Não
imaginei que em dois dias eu teria mais um livro preferido na minha lista!
Agora são três: Os Mistérios de Warthia, Perdida e Cores de Outono. E o que
mais me alegra é que todos são nacionais!
Mas
vamos à resenha.
Não
costumo colocar spoilers significativos, leia sem medo de ser feliz.
Cores
de Outono nos apresenta, inicialmente, uma tragédia. Melissa e sua irmã Alice
perderam os pais e retornaram para a casa de seu avô George, o Opa (avô em alemão), no interior de São
Paulo, pois apesar de seus vinte e um anos de idade, ela precisa de ajuda para
criar a irmã de cinco anos e sabe que sua única família agora são os dois.
A
cidade pacata logo se mostra fofoqueira – quem morou em cidade pequena como eu,
sabe que os boatos giram soltos, principalmente com novos moradores. Ela
descobre que antes de chegar à cidade, as fofocas giravam em torno de outra
família, uma que vive nas montanhas atrás de sua casa. Um lugar lindo e sombrio,
repleto de lendas.
Lembra-se
de ter estado naquele lugar quando era criança e morava ali com sua mãe, mas as
lembranças são embaçadas e não claras.
“Nos últimos meses busquei
por uma coragem inexistente e tentei espantar o medo, mas ele era como o vento
que procurava frestas para entrar... sorrateiro, imperceptível”. Página
14
Mas
apesar do pesar no olhar da maioria das pessoas, Melissa consegue retomar sua
vida devagar, trabalhando com o avô e cuidando de Alice como se fosse sua
filha. O problema é que Melissa é um imã gigantesco para desastres. Ela
consegue sempre estar no lugar errado, em qualquer momento, ou melhor, acho que
o errado a encontra em qualquer lugar e hora e é nesse cenário que ela acaba
esbarrando no sinistro Sr. Dippel. Um homem jovem, taciturno, arrogante e
imprevisível.
E
que todos na cidade parecem temer.
Apesar
de ele aparentar vinte e quatro anos, todos o chamam de senhor. Estranho não?!
Vicent
Dippel – o cavalheiro carrancudo – entra na história de uma forma avassaladora,
causando certa ansiedade em quem lê, porque igual a Melissa, ficamos ávidos por
desvendá-lo. Apesar de sua arrogância, empáfia e seu jeito superior de agir,
ele demonstra, no fundo de sua áurea sombria, que suas atitudes são a forma que
consegue cuidar de Melissa e mesmo notando que ele a salva desses desastres que
a encontram inúmeras vezes, Dippel
consegue despertar nela o seu pior.
As
discussões deles de início dão um “a mais” para a trama, pois sabemos que brigas
podem significar negação e eu me vi torcendo para ele ficar bravo ao ponto de
calar ela com um beijo ou vice-versa. Mas mais para o final do livro, essas
discussões começaram a me irritar. Oh vontade de jogar um caminhão em cima
desses dois, mandar se beijarem e aceitar que se amam e pronto!
“...mas apenas o sonho desse amor
impossível, estava me dilacerando.”
Página 176
Em
meio ao turbilhão que o senhor Dippel a faz sentir, percebemos algo no ar, um
mistério nos amiguinhos imaginários de Alice, na forma que as pessoas da cidade
encaram a família estranha de Vincent e confesso que até na própria Melissa –
mas acho que isso só eu notei!
O
George, avô das meninas, é um senhor muito fofo! Não sabe cozinhar nada, mas é
um pai-avô de mão cheia! Fiquei admirada com o amor que transborda dele, por
todas as pessoas que cruzam o seu caminho, exceto é claro, para o esquisitão da
cidade: o Sr. Vincent Dippel. Mas tenho esperanças em relação a essa inimizade.
Arthur
Casella me encantou no início da trama, mas depois que conheci o Vincent, ele
logo perdeu o brilho. Vincet roubou a
cena! Arthur é vizinho de Melissa, colega de infância que atazanava a vida
dela e de sua melhor amiga Helena. Adulto ele não deixou de ser implicante, com
um humor sarrista até divertido, porque a Mel se irrita muito fácil mesmo.
Apesar de ele ter perdido um pouco do seu encanto porque o Vincent ganhou a
minha total atenção, eu não acredito que ele seja simplesmente alguém que
deseja o coração da nossa protagonista. Tenho cá minhas teorias! Mas você
precisará ler o livro para entender minhas desconfianças.
"Com um sorriso irritante, Arthur
apontou o dedo indicador para meu nariz, quase o tocando. Eu virei o rosto
instintivamente. Sem se abalar ele abriu o sorriso irritantemente
charmoso..." Página
36
A
Alice é uma bonequinha! Sempre de bem com a vida, brincando, tentando animar a
todos que estão a sua volta ou com sono. Adorei ela! Mas... não vou falar nada
para não estragar a sua leitura. Eu só gostaria muito de que no livro 2 fosse
falado mais da Alice e de tudo o que está acontecendo na vida dela depois que
conheceu a família das montanhas, principalmente sua relação com o cachorrinho da casa. Fiquei com dó
dele... quem ler entenderá.
A
história é repleta de informações e não focada apenas no possível romance. O
mistério que envolve as Montanhas, a própria família da Melissa e as lendas que
enchem a vizinhança de temores, parecem ter certo fundamento e isso é
fascinante de ler e conhecer. Apesar de nos deixar aflitos, porque tudo é
narrado pelos olhos da Melissa e ela é muito temperamental e se assusta com
facilidade. Achei isso uma negativa na personalidade dela, é cansativo, principalmente
quando o Vincent precisa lembra-la de respirar porque ela está assustada demais
e trava a respiração.
Não
contarei mais nada, porque já me aprofundei demais na história e quero que você
tenha surpresas ao ler. Cores de Outono conseguiu brincar com o imaginário, com
o mundo de fantasias, elfos, seres da luz e das sombras e inseri-los no nosso
cotidiano com uma leveza incrível! Senti como se fosse possível existirem na
vida real e é o que mais me encantou na leitura, a possibilidade de existir uma
Montanha encantada por ai, com um
Vincent carrancudo e viciado em chocolate, morando nela.
“Nesse momento meu maior desejo era poder
congelar o tempo para tê-lo em meus braços e percebi que me afastar dele seria
algo mortalmente doloroso... como arrancar meu coração com as mãos”. Página 282
Acho
que no resumo deu para perceber a minha opinião, mas vou detalhar um pouco
mais. Cores de Outono foi uma linda surpresa! Eu não esperava haver tanta magia
em suas páginas e nem tanto mistério. Fiquei tão desesperada por informações
quanto a Mel e as doses homeopáticas oferecidas
pelo Vincent também não me satisfizeram, por isso, preciso loucamente da
continuação!
A
leitura é fluida e fácil, pois a narrativa da Keila é gostosa de ler, mas não
se engane, não pule linhas, não procure os diálogos, leia tudo, pois uma
palavra perdida pode ser a informação mais importante no livro. A Keila
conseguiu – como poucos autores conseguem – levar para a narração as
entrelinhas que os melhores escritores de mistério conseguem. Algumas cenas e
palavras sutis podem revelar muito para quem prestou atenção.
Tenho
muitas desconfianças com relação a Melissa, por três passagens diferentes do
livro e depois vou discutir minhas teorias com a autora haha.
Leiam,
vocês vão adorar conhecer o cavalheiro carrancudo, o cachorrinho, o vizinho
palhaço, a Alice, a Mel temperamental e muitos outros. Depois me contem como
foi a experiência para vocês.
Vou
deixar aqui a Playlist do livro, pois a música é um tema bem importante na
trama. Tanto Vincent quanto a Mel escutam bastante.
Rain – Creed
Day to Day – The Ting Tings
Savin’ Me – Nickelback
Hide – Creed
Open Your Eyes – Snow Patrol
Whataya Want from Me? – P!nk
Notion – Kings of Leon
Patience – Guns N’ Roses
Blues Eyes – Mika
Never Let Me Go – Florence and the Machine
Use Somebody – Kings of Leon
Warmer Climate – Snow Patrol
Cosmic Love – Florence and the Machine
No Light, No Light – Florence and the Machine
Day to Day – The Ting Tings
Savin’ Me – Nickelback
Hide – Creed
Open Your Eyes – Snow Patrol
Whataya Want from Me? – P!nk
Notion – Kings of Leon
Patience – Guns N’ Roses
Blues Eyes – Mika
Never Let Me Go – Florence and the Machine
Use Somebody – Kings of Leon
Warmer Climate – Snow Patrol
Cosmic Love – Florence and the Machine
No Light, No Light – Florence and the Machine
Comentem a resenha!
Beijão,
Mari Scotti
que linda a resenha!
ResponderExcluirJá queria ler este livro antes, agora entào...
Mari tem resenha de Hibrida lá no blog, passa lá depois!
Beijooos!
http://tamigarotaindecisa.blogspot.com.br/
Ohhhh PUXAAAAAA kkkkk Obrigada Mari! De coração : ) Adorei os detalhes da resenha, e obrigada pelo carinho com que descreveu Cores e seus personagens... Sombras reserva muita agitação e espero que correponda a sua expectativa... PRESSÂO!!! kkkkkkk
ResponderExcluirAMEI , de coração , OBRIGADA!!!
BEIJOS
Keila Gon
Oi Mari eu sou mega fã de Cores, Keila me conquistou tanto com esse livro que já li duas vezes, imagine como será o Vincent!
ResponderExcluirAdorei sua resenha!
bjkas
Dani Casquet- Livros, a Janela da Imaginação
Deve ser uma ótima leitura. Tem muitas reviravoltas. Gostei da resenha
ResponderExcluirmeupedepagina.blogspot.com